Publicidade

Ex-corintiano Lucca marca, mas Corinthians arranca empate com a Ponte

Emprestado, atacante abre o placar no primeiro tempo e jovem zagueiro Léo Santos salva alvinegro de derrota

PUBLICIDADE

Por Daniel Batista
Atualização:

Lucca quase fez com que a 'lei do ex' fizesse a diferença no Moisés Lucarelli, mas a habilidade de um zagueiro de 18 anos, que nem iria jogar, evitou que o Corinthians perdesse e aumentou a sua série de invencibilidade para oito jogos na temporada. Assim, Ponte e Corinthians empataram por 1 a 1, em Campinas, pelo Campeonato Paulista em resultado que, pelo que foi a partida, acabou sendo de bom tamanho para os comandados de Fábio Carille e não chega a ser ruim para os mandantes.

A expectativa para o encontro de William Potkker com o Corinthians acabou sendo deixada de lado. O atacante apareceu bem e teve uma oportunidade de marcar, mas Cássio defendeu. Na verdade, quem se destacou foi Lucca, que chegou por empréstimo justamente como parte da negociação que faria Pottker ir jogar no Corinthians.

Corinthians sofre com o calor e só empata com a Ponte Preta Foto: Célio Messias

PUBLICIDADE

Lucca ainda tem contrato com o Corinthians até 31 de julho de 2019, mas está emprestado para a Ponte Preta até o fim do ano. Ele e Yago - que também foi titular neste domingo - foram emprestados para a equipe campineira para facilitar a ida de Pottker. A diretoria corintiana desistiu do acerto após o atacante ser utilizado pela Ponte na Copa do Brasil.

O JOGO

Preocupado com o desgaste físico e o calor de Campinas, o técnico Fábio Carille decidiu poupar Fagner, Pablo e Romero e decidiu alterar também a postura da equipe. Ao invés de partir para cima do adversário, a equipe alvinegra decidiu jogar mais recuado e apostar no contra-ataque.

O problema, porém, é que a Ponte acabou surpreendendo e marcou a saída de bola do Corinthians, fazendo com que o número de erros de passes e falta de criação do lado corintiano se sobressaíssem. Além disso, os defensores tinham muita dificuldade para acompanhar a movimentação de Pottker, Lucca e Ravanelli.

Assim, a Ponte Preta foi quem ditou o ritmo do primeiro tempo e Aranha praticamente foi um ilustre telespectador. A primeira grande oportunidade da Ponte aconteceu aos 18, quando Pottker foi lançado e bateu cruzado para uma grande defesa de Cássio. No rebote, Ravanelli chutou por cima.

Publicidade

A pressão pontepretana continuou e o Corinthians parecia não saber o que fazer com a bola. Isso ficou claro em momento da partida em que o time de Carille ficou cerca de três minutos tocando a bola no campo de defesa, sem conseguir passar do meio de campo. Jadson e Rodriguinho, principais responsáveis pela criação das jogadas, tiveram pouca participação nas jogadas e fez com que o meio de campo corintiano ficasse acéfalo. Léo Jabá era o único que tentava fazer alguma coisa, mas correu muito e errou quase tudo, tanto que foi substituído ainda no intervalo, por Kazim.

A Ponte conseguiu, enfim, abrir o placar aos 35 minutos, graças a uma falha coletiva corintiana. Lucca, que ainda pertence ao Corinthians, cobrou falta com categoria. A barreira, formada por Jadson e Maycon estava completamente aberta e os dois atletas pareciam não acreditar que o atacante arriscaria direto e pagaram caro por isso.

Para piorar, a bola foi cheia de efeito e Cássio também não conseguiu chegar nela. Foi a primeira grande falha do goleiro na temporada, para a sorte da Ponte. No segundo tempo, Carille decidiu colocar Kazim para atuar ao lado de Jô, mudando o esquema tático para o 4-4-2.

Na etapa final, além da falta de criatividade evidente da primeira etapa, o Corinthians também sofreu com o cansaço, como ocorreu nos últimos jogos. O time de Carille cai muito de rendimento físico na segunda etapa dos jogos e neste domingo teve o agravante do calor que estava em Campinas.

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

A Ponte, claramente satisfeita e também dando sinais de cansaço, diminuiu o ritmo no ataque, mas mesmo assim continuou melhor e teve mais o volume do jogo. A preocupação de Carille antes da partida, que era a condição física dos atletas, se mostrou válida quando o Corinthians viu Balbuena cair no gramado, com dores na coxa. O paraguaio será reavaliado na segunda-feira e sua situação pode preocupar. No lugar do defensor, entrou o garoto Léo Santos.

Sem ver qualquer reação da equipe, Carille colocou Marlone no lugar de Jadson, em busca de um pouco de melhoria na criação e a tentativa de criar pelo menos uma boa chance para empatar a partida.

Enfim, a jogada aconteceu. Aos 31, Após cobrança de escanteio e confusão na área, a bola sobrou no pé de Jô, que tocou para Leó Santos. O zagueiro de apenas 18 anos dominou e bateu com estilo, como se fosse um atacante. Aranha nem se mexeu e o Corinthians, enfim, conseguiu chegar ao ataque.

Publicidade

O gol não mudou muito o roteiro do jogo. A Ponte continuo em cima e o Corinthians recuou, claramente satisfeito com o resultado. No fim, o empate acabou sendo um resultado melhor para o time corintiano.

FICHA TÉCNICA

PONTE PRETA 1 X 1 CORINTHIANS

PONTE PRETA (4-5-1): Aranha; Nino Paraíba, Marllon, Yago e Jeferson; Fernando Bob, Matheus Jesus (Naldo), Ravanelli (Matheus Cassini), Clayson e Lucca (Lins); Pottker. Técnico: João Brigatti.

CORINTHIANS (4-5-1): Cássio; Léo Príncipe, Pedro Henrique, Balbuena (Léo Santos) e Guilherme Arana; Paulo Roberto, Maycon, Rodriguinho, Jadson (Marlone) e Léo Jabá (Kazim); Jô. Técnico: Fabio Carille.

Gols: Lucca, aos 35 do 1º Tempo; Léo Santos, aos 31 do 2º Tempo.

Cartões amarelos: Jô, Clayson, Jadson, Paulo Roberto.

Publicidade

Público: 10.084 pagantes.

Renda: R$ 193.485,00.

Árbitro: Vinícius Gonçalves Araújo.

Local: Moisés Lucarelli, em Campinas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.