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Ex-jogador Tinga afasta relação com discurso de Bolsonaro feito por 'gabinete do ódio'

Em comunicado, meia aposentado afirma que se encontrou com o presidente nesta terçã, mas não opinou sobre teor do seu pronunciamento

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Por Redação
Atualização:

O ex-jogador Tinga afirmou nesta quarta-feira que não teve participação no conteúdo do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro feito em rede nacional nesta terça-feira à noite com base no "gabinete do ódio'. Em nota enviada à imprensa, o meia aposentado, que teve passagens por Grêmio, Inter e Cruzeiro, informou que esteve com Bolsonaro na terça à tarde em um encontro informal e não abordou qualquer conteúdo sobre as futuras declarações do presidente.

pronunciamento de Bolsonaro abordou o combate brasileiro à pandemia do novo coronavírus e gerou polêmica no País por ter ido de encontro às recomendações médicas, inclusive do seu ministro da pasta.

Tinga comemora gol pelo Inter na final da Libertadores de 2006 Foto: Diego Vara/Reuters

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Segundo comunicado enviado pela assessoria de Tinga, o ex-jogador esteve em Brasília para uma reunião com o Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, a fim de conversar sobre futebol e questões sociais, área na qual o meia aposentado atua com projetos e palestras. Depois do encontro, houve uma conversa informal com Bolsonaro no gabinete da Presidência da República.

"Nosso encontro não fazia parte da agenda presidencial, muito menos para tratar de qualquer assunto de caráter oficial. Nos poucos minutos em que estive no gabinete, conversamos apenas sobre amenidades. Em instante nenhum foi sequer ventilado que o presidente iria fazer um pronunciamento à nação no período da noite", diz a nota produzida por Tinga.

Nesta manhã, em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, Tinga reiterou que não teve participação no conteúdo do pronunciamento presidencial. "Brinquei um pouquinho sobre times e saí fora. Quem sou eu para falar de discurso", comentou o ex-jogador.

Confira a nota de Tinga

"Estou vindo a público para esclarecer sobre a notícia de que participei de uma reunião em Brasília para colaborar no discurso do presidente Jair Bolsonaro.

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Há duas semanas recebi uma ligação do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, que queria conversar sobre futebol e questões sociais. Nesse mesmo dia, Lorenzoni me convidou a ir a Brasília para ouvir minha opinião sobre o tema. A reunião foi agendada para essa terça-feira, dia 24 de março. Ao término, o ministro me levou até o gabinete da Presidência da República para me apresentar ao presidente Jair Bolsonaro.

Nosso encontro não fazia parte da agenda presidencial, muito menos para tratar de qualquer assunto de caráter oficial. Nos poucos minutos em que estive no gabinete, conversamos apenas sobre amenidades. Em instante nenhum foi sequer ventilado que o presidente iria fazer um pronunciamento à nação no período da noite.

A notícia que liga a minha pessoa ao conteúdo da fala do presidente Jair Bolsonaro não faz nenhum sentido. Lamento que o jornalista que veiculou a matéria não tenha me procurado para checar e/ou confirmar as informações."

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