PUBLICIDADE

Publicidade

Exames de Serginho vão para os EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

O Instituto do Coração (Incor) divulgou nesta quinta-feira que vai enviar para universidades de medicina dos Estados Unidos os laudos dos exames do zagueiro Serginho. A intenção, segundo fontes ligadas ao próprio Incor, é esclarecer e desmascarar as contradições do médico Edimar Alcides Bocchi, responsável pelos exames do jogador do São Caetano. Durante o ano, Bocchi assinou vários laudos de exames de Serginho aconselhando o zagueiro a parar de jogar. Chegou a escrever que Serginho precisaria de sorte para não morrer em campo. Terça-feira, estranhamente, porém, Bocchi mudou de idéia e divulgou uma nota, também assinada pelo médico do São Caetano, Paulo Forte, dizendo que a morte de Serginho havia sido uma ?fatalidade?. Bocchi, apesar de toda a repercussão do caso, se diz tranqüilo, e afirma não estar se contradizendo. A Agência Estado , o médico falou que até aprova a atitude do Incor. ?Acho uma boa idéia, importante para esclarecer as coisas?. Alegando que tudo o que tinha para dizer já havia sido dito na nota que divulgou na terça-feira, Bocchi não quis se prolongar no assunto. Pediu desculpas à reportagem e desligou o telefone. Mas a família de Serginho não gostou nada de ver as contradições do médico. Além de ameaçar o Incor com um processo na Justiça, os familiares do zagueiro desejam responsabilizar Bocchi por ter chamado de ?fatalidade? a morte do zagueiro, mesmo após ele ter declarado que os resultados de exames feitos em fevereiro o fizeram recomendar o afastamento de Serginho do futebol. Lúzio, irmão de Helaine Cunha, a viúva de Serginho, é a porta-voz da família do jogador e disse que irá tentar tirar de Bocchi o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) em vez de exigir uma indenização. O CRM já abriu sindicância para apurar o caso. Quem também mudou sua versão sobre o caso foi o cardilogista Martino Martinelli Filho, responsável pela clínica de marcapasso do Incor. O médico foi o primeiro membro do Instituto a dar declarações sobre o caso, antes mesmo da divulgação do laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que apontou como causa mortis um endema pulmonar e hipertrofia do miocárdio (membrana que envolve o músculo cardíaco). No dia seguinte à morte do zagueiro, Martino disse que "todos sabiam do problema cardíaco do jogador", mas, agora, o cardiologista diz que "só os jogadores? sabiam da doença cardíaca de Serginho.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.