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Extravagâncias viram tendência nesta Copa do Mundo

Jogadores abusam de camisas justas, penteados diferenciados e chuteiras coloridas

Por Flavia Guerra
Atualização:

O novo cabelo à la "diabo loiro" de Neymar e de Daniel Alves pode até não ter dado sorte ao Brasil, mas que não houve um torcedor que não reparasse nas novas madeixas da dupla, isso é fato. A esta hora, certamente, já há milhares de garotos fazendo fila nas lojas de cosméticos, barbearias e salões de cabeleireiros pedindo: "Quero o cabelo novo do Neymar". Também devem ser muitos pelo mundo pedindo pelo moicano do italiano Mario Balotelli, do meia português Raul Meireles ou cultivando seus cachos para ficar igualzinho ao black power do belga Marouane Fellaini ou dos zagueiros Dante e Marcelo. Para completar o visual, basta comprar uma camisa da seleção preferida, o par de chuteiras do ídolo e sair esbanjando estilo. Como nunca antes, os craques são mais do que jogadores. São celebridades. E seu estilo e sua imagem valem ouro. Prova disso são os contratos milionários que os atletas têm com as marcas que fornecem chuteiras para as equipes. Muitos são patrocinados e ganham modelos exclusivos – caso de Messi, para quem a Adidas fez um modelo especial com as cores argentinas.

Neymar pintou o cabelo depois do jogo contra a Croácia Foto:

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Na briga por um lugar ao sol no mundo das celebridades esportivas, os jogadores cada vez mais apostam nas chuteiras para mostrar sua personalidade, já que os uniformes são intocáveis. O que, além dos penteados extravagantes, pode se ressaltar em campo? A moda das chuteiras coloridas já havia começado na África do Sul, em 2010, foi ganhando os campeonatos nacionais pelo mundo e chegou com tudo ao Brasil. Da Nike laranja de Neymar e do inglês Wayne Rooney ao modelo Predator preto e branco de Daniel Alves, passando pela versão amarela Nike Magista, de David Luiz e Thiago Silva, ou pelas duas cores (pink e azul) de Constant Djakpa, da Costa do Marfim, os pés nunca foram tão coloridos. É inegável que cobrir os gramados de cor é também ótima estratégia de marketing. Afinal, a moda esportiva também lança tendência. As apostas em cores extravagantes, antes quase exclusivas dos campos, já são vistas em jogos amadores. E, para alegria dos fãs, dão mais humor, além de, como afirmam os fabricantes, mais conforto e estabilidade aos jogadores. Quando o assunto é tendência, impossível não falar das camisas. Mais uma vez, são as linhas definidas por marcas como Puma, Adidas e Nike que ditam a moda dos uniformes da maioria das equipes na Copa. Se a Adidas optou por formas mais folgadas, corte reto que acompanha a sobriedade das três listras nos ombros e mangas das camisas, a Nike e a Puma ousaram. A primeira trouxe formas justas ao corpo e linhas mais livres, que mudam de acordo com as cores e símbolos nacionais de cada time. Já a Puma sai deste Mundial com o título de "alegria da torcida feminina". É da marca alemã o modelo slim fit, ultrajusto ao corpo, com design simples, em que duas linhas laterais e verticais acompanham o desenho do tórax de jogadores como o uruguaio Lugano, os italianos Balotelli e Marchisio e o camaronense Eto'o. 

Tudo isso porque a Puma desenvolveu uma tecnologia chamada ACTV, espécie de fita compressora que vai por dentro do tecido do uniforme. Quando lançou os modelos, a marca afirmou que o fato de serem rentes ao corpo também ajuda em campo – é mais difícil que o adversário puxe a camisa e atrapalhe uma jogada. Pode até ser, mas, para confirmar se a moda vai pegar, é assunto para depois da Copa. Por ora, o desfile é em campo.

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