Fabão vai colecionando gols importantes

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Por Agencia Estado
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O zagueiro Fabão resolveu o jogo para o São Paulo pela segunda vez seguida. Fez, de cabeça, o único gol do jogo contra o Corinthians, como marcara o gol da vitória contra o Alianza, pela Libertadores, na quarta-feira. Ele diz que adoraria continuar marcando, mas sabe exatamente o motivo para o qual foi contratado. "Minha função é não deixar a bola entrar. Tenho de arrumar a ?cozinha? lá atrás. Chuto para qualquer lado, dou de bico, mas não deixo entrar. Se continuar marcando, não vou reclamar. Fazia muitos gols no Goiás e quero continuar assim no São Paulo", disse. Além dos gols, Fabão tem conquistado a torcida. Ele não é o jogador atrapalhado e violento que se esperava. Neste domingo, ao proteger uma bola foi atropelado por Régis e não teve nenhuma reação. Depois, quando viu o mesmo Régis caído, o ajudou a levantar. "Durante a semana, falaram muito que o jogo seria fácil e que o Corinthians estava ruim. Só que nós não pensamos assim. Aqui, todo mundo respeita o Corinthians. Por isso, foi ótimo ganhar deles", afirmou o zagueiro. Fabão explica que colocou em prática, em seu primeiro clássico paulista, o ensinamento vindo de Rogério Ceni: "Ele me disse que um jogo contra o Corinthians é como uma final de Copa do Mundo. Eu entrei assim. E também não é só porque o Rogério falou. Desde que eu resolvi que essa seria a minha profissão, tive muita seriedade. E a gente não pode esquecer que esse era o jogo ideal para o Corinthians começar a reagir. Se eles ganhassem da gente, tudo ia mudar por lá. Eles não levaram a crise para dentro de campo, não estavam nervosos e jogaram com muita vontade. Por isso, foi tão importante vencer." O zagueiro justifica também a sua comemoração do gol: imitou um lutador de sumô, luta japonesa praticada por oponentes muito gordos. Fabão dedica o gol a um amigo de Goiânia que pesa 150 kg! A contratação de Fabão foi uma aposta pessoal de Cuca, que o tinha como capitão no Goiás. E a prova de que o treinador está contente com a escolha é que neste domingo falou mais dos erros do ataque do que da defesa. "Se a gente tivesse um pouco mais de capricho, se fôssemos menos afoitos (o mesmo termo utilizado por Luís Fabiano), poderíamos ter vencido por três gols de diferença. Temos de ter mais cuidado porque nos próximos jogos podemos sofrer o empate", revelou o comandante do São Paulo. O fato de pedir melhor passe e mais tranqüilidade não significa - e Cuca faz questão de enfatizar isso - um desapontamento com o placar: "Nada disso. O resultado foi louco de bom. Ganhamos por 1 a 0 e se fosse por 3 a 0 seriam três pontos do mesmo jeito."

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