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Falcão e Leão: discursos diferentes

Por Agencia Estado
Atualização:

Leão e Falcão não falam a mesma língua. Declarações dadas a jornalistas, com 12 horas de diferença, comprovam isso. "Pedi para ele entrar em campo e ir para cima dos zagueiros, tentar o drible. Ele preferiu ajudar a defesa", disse o técnico do São Paulo após a vitória por 4 a 2 sobre a Universidad de Chile. "Estou muito feliz. Consegui fazer tudo o que o Leão pediu e me sinto completamente pronto para ser cobrado como um jogador de futebol", afirmou o jogador na manhã desta quinta-feira, no evento que comemorava sua contratação por uma marca de produtos esportivos. A Penalty gastará R$ 3,6 milhões por ano com o lançamento de uma linha de produtos que se chamará Falcão ou F12, remetendo ao número que ele sempre usou na camisa. Esse valor é bancado pela imagem do Falcão como jogador de futsal. Não a de futebol de campo. E aí, entra outra frase de Leão. "O Falcão é um superstar do futsal. Ou melhor, foi. Como jogador de futebol, é um aprendiz. Estou aqui para ser seu empregado durante seis meses. Vou ensinar tudo o que sei para ele. Mas ele só ficará no São Paulo se puder dar retorno ao clube, se tiver o meu aval para continuar", explicou o técnico. Confrontado com as opiniões de Leão, Falcão recuou. "Eu realmente fui ajudar a defesa. Foi um pedido do Grafite. Ele disse que era a hora de superação, porque se tomássemos o terceiro gol ficaria complicado. Mas nas duas bolas que recebi, fiz tudo o que o Leão pediu. Segurei a bola no ataque, tentei os dribles. Estou confiante." Falcão promete mudar seu estilo no futebol. Ele, que tinha privilegiado até agora o conjunto, o posicionalmento e a luta pela posse da bola, resolveu voltar às origens. "Agora vou para cima dos zagueiros, tentar sempre os dribles, como fazia no futsal. Estou ganhando confiança", admitiu. E ele concorda com Leão, que o chama de aprendiz. "Realmente, meu currículo no futebol é zero, mas acredito no meu sucesso."

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