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Falta espaço no São Paulo para tantos meias e atacantes

Com chegada de Everton Felipe, Aguirre conta com 12 jogadores de frente; diretoria não descarta emprestar algum

Por Renan Cacioli
Atualização:

Definitivamente, não será da falta de meias ou atacantes que o técnico Diego Aguirre poderá se queixar no São Paulo. Com a contratação de Everton Felipe nesta semana, o elenco chegou a 12 jogadores ofensivos, ou seja, que atuam da intermediária adversária para frente. Obviamente, não há espaço para todos, mas nem por isso a diretoria tem planos de emprestar ou vender alguém nos próximos dias, apesar de não descartar uma eventual saída.

"Pode até acontecer, mas o nosso planejamento não é esse, não. Mas pode acontecer de alguém querer ser emprestado, tem de ver o lado deles também. Ou, às vezes, tem (proposta), mas o jogador não se interessa porque quer ficar no São Paulo", explica o coordenador de futebol do clube, Ricardo Rocha.

Aguirre conversa com Nenê, seu homem de frente mais escalado: 35 vezes Foto: Érico Leonan / São Paulo

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Fazem parte do elenco principal, que trabalham diariamente com a comissão técnica de Aguirre, os seguintes atletas de frente: Diego Souza, Nenê, Everton, Rojas, Everton Felipe, Lucas Fernandes, Tréllez, Gonzalo Carneiro, Shaylon, Paulinho Bóia, Brenner e Caique.

Confira quantos jogos cada um disputou pelo São Paulo na temporada para ter ideia dos mais utilizados. Lembrando que a equipe já entrou em campo 42 vezes até aqui:

Nenê: 35 (chegou no fim de janeiro) Diego Souza: 33 (no clube desde o início do ano) Tréllez: 23 (chegou no fim de janeiro) Everton: 16 (chegou no meio de abril) Lucas Fernandes: 16 (no clube desde o início do ano) Brenner: 16 (no clube desde o início do ano) Shaylon: 13 (no clube desde o início do ano) Caique: 8 (no clube desde o início do ano) Rojas: 6 (chegou no fim de junho) Paulinho Bóia: 6 (no clube desde o início do ano)  Gonzalo Carneiro: 4 (relacionado pela primeira vez no meio de julho, após se recuperar de lesão) Everton Felipe: 0 (contratado esta semana)

Com as chegadas das caras novas de 2018 (Diego Souza, Nenê, Everton e Rojas, que compõem o quarteto ofensivo titular atualmente), quem estava no clube desde o ano passado acabou perdendo espaço, casos de Shaylon e Lucas Fernandes. Os garotos de Cotia (Brenner, Paulinho Bóia e Caique) também tiveram menos chances de mostrar serviço, o que tende a piorar com a contratação de Everton Felipe, trazido para ser substituto imediato de Nenê (atuando mais centralizado, mas capaz também de jogar pelas pontas).

Com a chegada de Everton Felipe (E), atletas como Lucas Fernandes (D) tendem a perder espaço Foto: Érico Leonan / São Paulo

Neste caso, a ideia da diretoria é buscar alternativas para que as peças menos utilizadas em suas funções de origem funcionem como "curingas", ou seja, possam suprir eventuais baixas do elenco em outras posições. É o caso do atacante Caique, por exemplo, como explica Ricardo Rocha:

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"O Caique joga de lateral, ponta, meia. Queremos jogadores assim, que deem opções. O próprio Everton Felipe, que veio agora. Esse garoto veio para fazer o meio, o lado direito...", disse o dirigente.

Espelhos. Um exemplo de atleta que se adaptou a uma nova função e acabou dando muito certo foi Éder Militão, promovido ao time profissional no ano passado e vendido ao Porto-POR recentemente. Na base, ele jogava como zagueiro e volante. Sob o comando de Dorival Júnior, em 2017, acabou encaixado na lateral direita e praticamente não saiu mais do time titular.

Outro que costuma "quebrar o galho" por ali é Araruna, volante formado também em Cotia, casa das divisões inferiores do São Paulo. Frequentemente, ele é deslocado para jogar como lateral-direito. 

Brenner e Paulinho Bóia podem se espelhar em colegas da base polivalentes Foto: Rubens Chiri / São Paulo