Publicidade

Fase de grupos da Copa chega ao fim com recordes e surpresas

Mundial no Brasil tem a maior presença de seleções do continente americano da história e a melhor média de gols dos últimos 44 anos

PUBLICIDADE

Por Diego Salgado
Atualização:

A Copa do Mundo virou uma festa das seleções do continente americano. No total, oito equipes - Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, México e Uruguai - disputarão as oitavas de final da competição, contra seis representantes europeus: Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Holanda e Suíça. Além disso, pela primeira vez na história, duas seleções africanas avançam à segunda fase de uma Copa. Argélia e Nigéria são as responsáveis pela quebra da marca histórica.

Na fase de grupos do Mundial do Brasil, as seleções tradicionais não tiveram vida fácil. Das oito campeões, apenas cinco continuam na disputa - o mesmo número da Copa de 2010. Na África do Sul, França e Itália acabaram eliminadas ainda na primeira fase. Agora, três voltam para casa antes de disputar a fase de mata-mata: Espanha, Itália e Inglaterra. Portugal, Croácia, Bósnia e Rússia, apontadas como favoritas por uma vaga em seus grupos, acabaram eliminadas por Estados Unidos, México, Nigéria e Argélia, respectivamente. A Grécia, por sua vez, chegou a uma improvável classificação no Grupo C, superando Costa do Marfim e Japão.

Os italianos, que começaram bem ao bater a Inglaterra por 2 a 1, com 89% de passes certos, perderam duas partidas seguidas por 1 a 0, para Costa Rica e Uruguai. Já a Inglaterra não conseguiu vencer nenhuma vez. O time de Rooney acabou derrotado por Itália e Uruguai por 2 a 1 e empatou sem gols com a Costa Rica quando já estava eliminado da competição. A seleção da Espanha, por sua vez, tornou-se a quarto país campeão mundial a ser eliminado na primeira fase quando defendia o título - juntou-se a Itália (1950 e 2010), Brasil (1966) e França (2002).

Costa Rica é uma das oito seleções do continente americano na Copa Foto: Matt Dunham/AP

PUBLICIDADE

NA REDE

A Copa de 2014 é também marcada pela grande quantidade de gols nas primeiras 48 partidas da competição: 136. Com média de 2,83 gols por confronto, a proporção é a melhor desde o Mundial de 1970, no México, quando 95 gols foram marcados em 32 jogos. Há quatro anos, na África do Sul, foram 101 bolas na rede durante a fase de grupos. A média é superior às das edições anteriores. Em 2002, na Ásia, foram 130 e, na Alemanha, em 2006, 117.

Três jogadores disputam a artilharia da Copa: Messi, Neymar e Thomas Müller marcaram quatro vezes cada. Outros seis atletas têm três gols: Benzema, Enner Valencia e James Rodríguez, Robben, Shaqiri e Van Persie. O líder de assistência é o meia da Colômbia Juan Cuadrado, que deu três passes para os nove gols da equipe. Dois jogadores somam duas assistências: Benzema e James Rodríguez, destaques da primeira fase.

POSSE DE BOLA

Publicidade

A competição disputada no Brasil desmistifica uma tendência no futebol mundial. Das 16 seleções classificadas para as oitavas, sete conseguiram a vaga com menos posse de bola: Uruguai (22.º no ranking), Colômbia (24.º), Costa Rica (26.º), Grécia (27.º), Holanda (29.º), Estados Unidos (29.º) e Argélia (31.º). O Irã acabou na última colocação, com a Argentina na liderança, com 61% de média nos três jogos. A seleção holandesa, dona do melhor ataque da Copa (dez gols), chegou a 100% de aproveitamento e teve apenas 44% de posse de bola.

Quatro seleções disputam uma vaga nas quartas de final com 100% de aproveitamento: Argentina, Bélgica, Colômbia e Holanda. Já a seleção costa-riquenha, a maior zebra da Copa, soma sete pontos e tem a melhor defesa do torneio, com apenas um gols sofrido - mesmo número de México e Bélgica. Brasil e França tampouco foram derrotados após a disputa de três jogos. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.