Federação Australiana de futebol investigará denúncias de assédio sexual

Atacante Lisa De Vanna, que atuou 150 vezes pela seleção antes de se aposentar no mês passado, relatou que já foi submetida a comportamentos inadequados

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Por AFP
Atualização:

A Federação Australiana de Futebol anunciou que investigará as acusações de assédio sexual feitas por ex-jogadoras da seleção nacional. A atacante Lisa De Vanna, que atuou 150 vezes pela seleção antes de se aposentar no mês passado, relatou que no início de sua carreira foi submetida a comportamentos inadequados.

Essas acusações coincidem com outras semelhantes nos Estados Unidos que levaram a federação daquele país a nomear um ex-promotor federal para conduzir uma investigação. 

A atacante Lisa De Vanna (dir.), que atuou 150 vezes pela seleção antes de se aposentar no mês passado, relatou que no início de sua carreira foi submetida a comportamentos inadequados. Foto: Mariana Bozo/Reuters

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"Se eu fui assediada sexualmente? Sim. Intimidada? Sim. Se eu vi coisas que me deixaram desconfortável? Sim", disse a ex-jogadora de 36 anos ao jornal Sidney's Daily Telegraph. 

"Em qualquer organização esportiva e em qualquer ambiente, o assédio sexual infantil, o comportamento predatório e a conduta não profissional me deixam doente", acrescentou. 

De Vanna detalhou propostas obscenas por parte de membros do corpo técnico e, embora isso tenha acontecido quando era uma adolescente, ela decidiu denunciar porque "ainda acontece em todos os níveis e é hora de falar". 

A sua ex-técnica, Rose Garofano, afirmou que trouxe estes fatos ao conhecimento da federação e que teve a garantia de que o assunto será tratado internamente. Outra ex-jogadora, Rhali Dobson, também relatou ter sido vítima de assédio sexual na juventude. A Federação Australiana anunciou que investigará os eventos se Vanna e Dobson apresentarem queixas formais. 

A entidade segue o exemplo de outros esportes, como ginástica e hóquei, em que já foram investigados eventos que revelaram uma cultura tóxica e abuso de mulheres.  A Federação de Natação também admitiu, após outra investigação, "comportamento inaceitável" sofrido por nadadores durante décadas.

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