Publicidade

Federação inglesa oferece provas de corrupção à Fifa

FA se comprometeu a fornecer à entidade dossiê que comprove pedidos de favores de dirigentes

PUBLICIDADE

Por EFE
Atualização:

LONDRES - O presidente da Federação de Futebol inglesa (FA), David Bernstein, ofereceu ajuda e comprometeu-se com a Fifa nas investigações que serão iniciadas em breve sobre as acusações de corrupção contra alguns membros de seu comitê executivo.

 

PUBLICIDADE

"Posso confirmar que recebi uma carta de Jérôme Valcke (secretário-geral da Fifa), a qual já respondemos e reiteramos nosso compromisso de apoio à investigação. Vamos cooperar completamente", explicou Bernstein na quarta-feira à noite, após conhecer o pedido de Joseph Blatter, presidente da Fifa, sobre as evidências que provem possíveis subornos.

 

A FA garantiu que enviará um dossiê completo com os relatórios e as conclusões expostas na terça-feira em uma comissão parlamentar do Departamento de Cultura, Meios de Comunicação e Esporte na Câmara Baixa britânica e garantiu que enviará o restante o mais rápido possível, assim que tenham sido elaborados.

 

O ex-presidente da FA e da candidatura da Inglaterra à Copa do Mundo de 2018, Lorde Triesman, denunciou na terça-feira nessa comissão os pedidos de favor feitos por Jack Warner, um dos vice-presidentes da Fifa, ao paraguaio Nicolas Leoz, presidente da Conmebol, a Ricardo Teixeira, o presidente da CBF, e ao tailandês Worawi Makudi.

 

Na mesma sessão parlamentar, o deputado Damian Collins expôs o relatório apresentado pelo jornal Sunday Times sobre uma investigação que aponta o camaronês Issa Hayatou e o marfinense Jacques Anouma, membros da Fifa, como beneficiados pelo pagamento de 1,5 milhão de euros antes da eleição das sedes para as Copas do Mundo de 2018 e de 2022, realizada em 2 de dezembro.

 

Como resposta às acusações, a Fifa pediu na quarta-feira explicações à Federação Inglesa (FA) pelas declarações de seu ex-presidente, David Triesman, na Câmara dos Comuns (Câmara Baixa britânica).

 

Segundo informou a Fifa, seu secretário-geral, Jérôme Valcke, enviou nesta quinta-feira uma carta ao presidente da FA, David Bernstein, na qual pede um relatório completo sobre os comentários feitos por Triesman e toda a documentação que disponha relativa ao caso, como gravações.

Publicidade

 

David Bernstein se mostrou disposto a facilitar qualquer informação que tenha para avançar nessa investigação.

 

Bernstein assumiu o cargo de presidente da entidade inglesa em janeiro, após vencer David Dein, ex-vice-presidente do Arsenal, e substituiu Triesman, que renunciou em maio.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.