Felipão inicia ?Operação Uruguai?

O treinador prepara trabalhos específicos visando ao jogo de domingo, em Montevidéu, com teipes e relatórios do observador Jairo Santos sobre os adversários do observador.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A comissão técnica da Seleção Brasileira inicia a partir desta segunda-feira a ?Operação Uruguai" com trabalhos específicos sobre o jogo de domingo em Montevidéu. Luiz Felipe Scolari exibirá aos jogadores teipes dos últimos cinco jogos dos uruguaios. Além da tática, pretende mostrar como atua e as características de cada um dos atletas do adversário.Também nesta segunda, Scolari analisará o relatório do observador Jairo Santos, que acompanhou sábado o amistoso (1 a 1) entre Uruguai e Santa Catarina. "Temos cinco jogos gravados deles nas Eliminatórias. Já assistimos duas fitas. Durante a semana, pretendo exibir as outras partidas para analisarmos com calma o esquema tático deles", comentou Scolari. "O que não podemos é mostrar os 90 minutos de cada jogo se não os nossos jogadores acabam não assimilando o que queremos". Uma das preocupações do treinador é também estudar o estilo dos principais jogadores do Uruguai. Recoba, jovem atacante da Internazionale de Milão, terá atenção especial, avisa o técnico do Brasil. "Nossos jogadores têm de observar e se preocupar com o jeito de jogar dos nossos adversários, têm saber com um bate na bola, como o outro faz o cruzamento. O Recoba, por exemplo, bate na bola como ninguém. É um jogador que merece uma boa análise". Na parte tática, o técnico do Brasil teme a saída de bola rápida do adversário quando o time está concentrado na área para evitar o bombardeio aéreo. Semana passada, Scolari repetiu várias vezes os cruzamentos na área para a Seleção marcar bem essa jogada. "Eles sempre marcam os cruzamentos com pelo menos sete jogadores dentro da área. Quando a bola chega, rebatem de cabeça armando contra-ataques de muita velocidade. Temos de ficar previnidos para evitar o contra-ataque e, nos cruzamentos, temos de contar com pelo menos cinco dos nossos na área deles para tentar compensar os sete a oito que usam para se defender". Observando os jogos dos uruguaios, Scolari percebeu que o time não costuma sofrer gols de cabeça. Em 12 jogos nas Eliminatórias, segundo as estatísticas de posse da comissão técnica da Seleção Brasileira, o Uruguai levou apenas dois gols de cabeça. Na "operação Uruguai", o treinador não deve insistir com o tema de que o jogo não será uma guerra como já antecipam alguns sensacionalistas de plantão. "Guerra? Não acredito. Será apenas um jogo de futebol. Nós, do Sul, somos vizinhos deles e mais ou menos conhecemos como as coisas funcionam lá. Não vai ser uma batalha. Será uma partida com estádio cheio, pressão da torcida e com duas equipes disputando para valer os três pontos. Podem ter certeza que vamos jogar só futebol". Reapresentação - Os jogadores e comissão técnica retornariam hoje à noite à Granja Comary, em Teresópolis. A maioria dos atletas desembaria no Aeroporto Santos Dumont e subiria a serra em um ônibus exclusivo da CBF. Apenas Lúcio e Fábio Rochemback desembarcariam no Aeropoto Internacional Tom Jobim. Rivaldo chegou sábado de Barcelona e neste domingo passou o dia em São Paulo com a família. Almoçou com o seu procurador e não escondeu que está com muita vontade de entrar na "era Felipão" para recuperar seu prestígio no Brasil e empurrar a Seleção Brasileira à Copa do Mundo de 2002. Com Rivaldo, Scolari terá o time completo.

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