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Felipão quer reforços, mas teme clima turbulento

Por Andre Rigue
Atualização:

Os dias turbulentos estão longe do fim no Palmeiras. Após a derrota para o Fluminense por 2 a 1, na Arena Barueri, os bastidores do clube voltaram a ficar agitados. O técnico Luiz Felipe Scolari está descontente com a atuação de alguns dirigentes, que deram declarações favoráveis a uma derrota para prejudicar o rival Corinthians. Outro ponto que tem tirado o sono do treinador é a discussão do planejamento para 2011. Felipão quer reforços, mas pode perder alguns de seus principais jogadores.A situação mais complicada é do atacante Kleber. Apesar de o jogador ter longo contrato com o Palmeiras, ele ficou irritado com a declarações de alguns dirigentes, como o diretor de futebol Wlademir Percarmona, que teria dito que os jogadores "amarelaram" diante do Goiás pela Copa Sul-Americana. Kleber chegou a pedir uma retratação do diretor, mas ouviu que "as portas estavam abertas se ele quisesse sair."Kleber não perdeu a chance de criticar a atual diretoria, ainda nos vestiários em Barueri. "Prometeram um carro e um título no Palmeiras, mas não vou ficar cobrando", afirmou. "Eles também não pagam salário em dia, e como eu vou motivar um companheiro que está há quatro meses sem receber? Eles gostam de criticar, mas nunca aparecem para dar apoio quando o clube ganha. No momento que sentir que não tenho mais clima, eu vou pedir para sair. O que importa para mim é a opinião do torcedor."Os atritos entre Kleber e Pescarmona são mais um problema para ser resolvido por Felipão. O treinador reconheceu que pode perder o atacante. "Conversamos com a diretoria e não existe lista de dispensa. Assim como não existe lista de jogadores inegociáveis", explicou. "Passamos uma lista com sete ou oito opções para que o Palmeiras possa ter jogadores para fazer uma mexida com mais convicção em 2011. A atual diretoria, que tem mandato até as eleições de janeiro, ficará responsável por isso".O contrato de Felipão com o Palmeiras vai até o final de 2012. O treinador afirmou que não teme uma mudança, mesmo se o grupo de situação perder as eleições em janeiro. "Se forem eles [grupo de Luiz Gonzaga Belluzzo e Salvador Hugo Palaia] ou não forem eles, isso é o Palmeiras. O clube tem de fazer as contratações que seu técnico solicita, independente de quem for o presidente. E eu sou o treinador do Palmeiras e serei até o final do meu contrato."

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