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Felipão retoma seu estilo de treinar

Por Agencia Estado
Atualização:

Durou oito dias a trégua do técnico Luiz Felipe Scolari com os termos chulos no trabalho de campo com os jogadores da seleção. Nesta segunda-feira, pela primeira vez desde que assumiu o cargo, Scolari falou palavrões para chamar a atenção dos atletas. O alvo foi o meia Fábio Rochemback. O pivô da história, o atacante Jardel. Até então, o técnico vinha se sobressaindo pelo tom educado, excessivamente cortês, na relação com os convocados. Do meio do campo, o treinador reclamou com veemência de uma jogada errada de Fábio: ele tentara, em vão, uma tabela com o ex-artilheiro do Porto. "Ô ..., já falei, Fábio; o Jardel é só para jogar a bola para o gol. Assim, eu estou ..." Depois, tirou o boné para novamente protestar contra Fábio, em outro lance equivocado. "Tá errado, tá errado." Jardel também teve a sua cota: levou três broncas de Scolari no treino da manhã. Uma delas por ter recuado demais. "Venha, Jardel. Mais para cá, meu filho. Como é que você vai fazer gol aí no meio?" Já em sua primeira entrevista no Rio de Janeiro como treinador da seleção, Scolari explicou, de forma bem-humorada e direta, o que pensava do futebol de Jardel. "Ele não tem técnica nenhuma, não adianta inventar, já falei isso para ele." Além de Fábio e Jardel, quem não consegue escapar das críticas de Scolari é o lateral Belletti. Aliás, ele é o mais "perseguido" pelo técnico. Só no treino de sábado, ouviu três advertências. Nesta segunda-feira, mais uma vez, Belletti não agradou e levou novos pitos. "Olha as costas. Tem um homem sobrando lá, meu filho, já falei." Jardel até riu depois do treino, quando questionado sobre as repreensões de Scolari. "Eu conheço o estilo dele, já estou acostumado, é assim mesmo." Caçula do grupo na Granja Comary, Fábio, de 19 anos, pareceu assustado no momento em que o técnico pronunciou os termos grosseiros. Depois, disse que não podia se preocupar com o fato. "Tenho de corrigir os defeitos que ele nota e isso é o mais importante."

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