Fifa adia publicação de documentos do caso ISL

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A Fifa foi forçada a adiar a publicação dos documentos potencialmente incriminatórios do caso ISL devido a objeções de uma das partes envolvidas, disse a federação internacional de futebol nesta terça-feira. No entanto, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que está determinado a publicar os documentos relacionados com o colapso da ISL, antiga agência de marketing que tinha contrato com a federação, como parte de seu plano de limpar a Fifa, que tem sido afetada por alegações de corrupção. Blatter anunciou em outubro que queria reabrir o caso sobre o colapso da ISL, que faliu em 2001, e tinha a esperança de publicar os arquivos na próxima reunião do comitê executivo da Fifa, no Japão, em 17 de dezembro. "A Fifa tem trabalhado intensamente ao longo das últimas semanas com seus advogados e equipe jurídica para poder publicar o arquivo ISL na próxima reunião do comitê executivo da Fifa", disse Blatter em comunicado. "Era a minha vontade tornar o arquivo ISL totalmente transparente nesta reunião. Agora já fui avisado que, como resultado da objeção de uma terceira parte para tal transparência, levará mais tempo para superar os obstáculos legais respectivos", acrescentou. "Isso não muda minha postura de qualquer forma. Continuo totalmente comprometido a publicar os arquivos o mais rápido possível, como uma parte importante dos meus planos para reformar a Fifa, que incluem lidar com o passado, bem como preparar a futura estrutura da organização." Promotores da Suíça investigaram o colapso da ISL, mas o caso foi encerrado depois que eles disseram que dois oficiais da Fifa - cujos nomes não foram divulgados - devolveram 5,5 milhões de francos suíços (6,1 milhões de dólares) que teriam recebido de forma ilegal da ISL. Um programa da BBC de 2010 acusou os brasileiros João Havelange e Ricardo Teixeira de terem recebido dinheiro da ISL para garantir que a empresa fosse escolhida em lucrativos contratos de publicidade da Copa do Mundo. Havelange, que presidiu a Fifa entre 1974 e 1998, estava sob investigação também do Comitê Olímpico Internacional por sua ligação com a ISL, e renunciou ao cargo olímpico na segunda-feira como forma de evitar uma eventual punição. Nesta terça-feira, o COI anunciou que abandonou a investigação contra Havelange após sua renúncia. Ele era o membro há mais tempo na organização, tendo ingressado em 1963. Teixeira, que é presidente da Confederação Brasileira de Futebol e chefe do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014, é ex-genro de Havelange. Ambos negam as denúncias de irregularidades. (Reportagem de Brian Homewood)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.