
15 de dezembro de 2017 | 10h16
A participação da seleção espanhola na Copa da Rússia ano que vem está em risco. A Federação Espanhola de Futebol (FEF) recebeu uma advertência da Fifa, na qual indica que a interferência do governo espanhol pode determinar sua suspensão como membro associado e, portanto, a consequente expulsão de todas as competições.
+ Presidente da Fifa é acusado de fazer acordos em jogos em 2011
Curta o Estadão Esportes no Facebook!
A proposta de repetir as eleições para a Presidência Federativa realizada em maio, promovida pelo Conselho Superior de Esportes (CSD), gerou esse duro aviso da Fifa para a Espanha. Recentemente, o CSD apresentou ao Tribunal dministrativo do Desporto (TAD) um recurso de revisão que não só foi admitido pelo tribunal. Com base na espionagem da Operação Soule, o TAD também emitiu uma resolução favorável à repetição de todo o processo eleitoral que foi enviado ao Conselho de Estado, o órgão que deve, em última análise, decidir se há ou não novas eleições. Anteriormente, o TAD tinha rejeitado o desafio feito por Jorge Pérez.
Para a Fifa, a posição da CSD é uma interferência governamental que coloca em risco a autonomia da Federação e constitui uma grave violação dos seus próprios estatutos, o que levaria à suspensão. "Cada membro deve administrar seus assuntos de forma independente e garantir que não haja interferência de terceiros em seus assuntos", de acordo com os estatutos da Fifa no artigo 13.
A Federação, agora presidida por Juan Luis Larrea após a suspensão preventiva de Ángel María Villar, informou à Fifa da manobra realizada pela CSD e também da referida resolução TAD. Entre os barões dos territórios, havia também alguém que recomendava a Fifa após a Operação Soule. Diego Matínez, presidente da Melilla, acusado no processo e para o qual a CSD ainda não sancionou como os outros cinco barões investigados, sugeriu isso em uma reunião na Federação.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.