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Nova eleição para presidente da Fifa será   em fevereiro de 2016

Decisão é divulgada em reunião na sede da entidade

Por JAMIL CHADE
Atualização:

A eleição na Fifa vai ocorrer no dia 26 de fevereiro de 2016 e Joseph Blatter consegue se agarrar ao poder por um pouco mais. A data foi estabelecida nesta segunda-feira (20), depois de uma reunião na sede da entidade em Zurique. Os europeus, porém, exigiam uma eleição ainda em 2015 e agora terão de esperar mais sete meses para poder eventualmente assumir a entidade. 

Michel Platini, presidente da Uefa, é o principal candidato. Zico já lançou também sua campanha, além de um dirigente liberiano, Musa Bility. Nomes como o de Diego Maradona são mencionados de forma extra-oficial, além de cartolas sul-coreanos.

Reunião na sede da entidade em Zurique, na Suíça, definiu data das eleições Foto: AFP

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Blatter, atolado em uma crise de corrupção sem precedentes, venceu as eleições no dia 29 de maio, para mais cinco anos no comando da entidade. Mas, quatro dias depois, foi obrigado a anunciar que convocaria uma nova eleição depois das prisões de sete dirigentes esportivos em Zurique, entre eles José Maria Marin. 

Pressionado, Blatter convocou para esta segunda-feira uma reunião do Comitê Executivo da entidade para definir o futuro da Fifa. Marco Polo Del Nero, temendo ser preso, não viajou para a Suíça e o Brasil ficou sem voto e nem voz nas decisões desta segunda-feira. Sem a CBF, o grupo que representa o governo do futebol mundial chegou a um acordo sobre como ocorreria a transição. 

Com e eleição marcada, a questão que se abre é sobre as candidaturas. Michel Platini, presidente da Uefa, passou o fim de semana costurando sua candidatura para o cargo com as diferentes federações nacionais e regionais. Em uma tarde toda de encontros, ele recebeu no hotel Baur au Lac delegações de diferentes entidades. 

Pessoas próximas ao francês indicaram que ele teria já o apoio de quatro das seis confederações regionais, com mais de 110 votos. A Conmebol seria um deles. Mas ele não teria o apoio dos africanos, que contam com mais de 50 votos. 

No tentativa de mostrar que é um candidato “solicitado” pelas demais federações, aliados de Platini declararam nesta segunda-feira que foram alguns dos maiores dirigentes do mundo que “pediram” que ele lançasse sua candidatura. 

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Num esforço para se blindar para os próximos anos, Blatter tentará eleger seu sucessor, mudar a estrutura da Fifa e, assim, enfraquecer a posição dos futuros presidentes. 

Nesta segunda-feira, Blatter apresentou sua reforma da entidade, com a promessa de que vai de fato deixar o cargo. O suíço quer que a entidade publique os salários dos executivos, que coloque um limite para os mandatos e que estabeleça uma ficha limpa para os dirigentes, todos pontos que ele jamais aceitou durante 17 anos no poder. 

A proposta é de que o Comitê Executivo seja expandido e, assim, a presença europeia seria diluída. Platini, portanto, assumiria eventualmente uma Fifa com a oposição dentro de seu governo. 

Nem todos estão de acordo com as eleições em 2016. O ex-vice-presidente da Fifa, Ali bin Hussain, emitiu um comunicado alertando que Blatter teria de abandonar o cargo “imediatamente” e abrir espaço para uma comissão independente assumir a transição na entidade. Ali, em maio, foi o único a concorrer contra o suíço nas eleições. Mas foi derrotado. 

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