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Fifa diz que não aceitará mais atrasos e quer Itaquerão pronto em dezembro

Mané Garrincha também preocupa COL; gramado do estádio tem más condições para amistoso

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Por Leonencio Nossa
Atualização:

BRASÍLIA - O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, avisou nesta terça-feira que as obras do Itaquerão precisam ser aceleradas até agosto para o estádio estar em condições de sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo, em junho de 2014. Em entrevista coletiva no Estádio Nacional de Brasília, Valcke disse que não é possível aceitar atrasos para o evento.

 

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 "Eles vão ter que acelerar. Isso não é uma ameaça. Nós podemos mudar tudo até 1º de agosto, quando começam as vendas de ingressos", afirmou. "Os estádios têm de ser entregues em tempo", reforçou. A previsão de entrega do estádio é dezembro. A pressão da Fifa quer garantir que esse prazo seja cumprido. Em relação ao reformulado estádio de Brasília, Valcke foi só elogios. "O que foi feito desde janeiro, na última vez em que vim, é fabuloso. Se me perguntarem meu estádio favorito no mundo, digo que Brasília está na primeira lista. Tenho certeza de que aqui, na abertura da Copa das Confederações, os torcedores vão ficar deslumbrados", disse.

 

 A arena, porém, foi alvo de restrições de Ronaldo e Bebeto, membros do Comitê Organizador Local da Copa. Os dois admitiram que o gramado ainda não está em condições de receber jogos, como o que vai inaugurar o estádio, no fim de semana. Brasiliense e Brasília vão decidir o título do Estadual no gramado recém-plantado, no domingo.

 

Na avaliação de Ronaldo e Bebeto, ainda é preciso esperar por pelo menos um mês antes de se disputar uma partida sobre a frágil grama. "Se fosse um jardim, estaria perfeito, mas não é só um jardim. Os jogadores vão pisar ali com travas de chuteiras de alumínio", observou Ronaldo.

 

Bebeto concordou. "A grama necessita de tempo, né governador? O jogo está em cima, o gramado não estará em perfeitas condições", disse. Pelo prazo ideal dos jogadores, o gramado estará pronto, ao menos, para o jogo de abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão, dia 15 de junho.

 

A entrevista foi marcada por declarações efusivas das autoridades, que respondiam a perguntas sobre o elevado custo para construir o estádio de R$ 1,015 bilhão. "Se Darcy [Ribeiro] vivesse, ele veria que a nova Roma (Brasília) ganhou seu coliseu. Este estádio está à altura da ambição e da ousadia dos que conceberam a capital federal", afirmou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

 

Por sua vez, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, disse que nos próximos dois anos não faltará dinheiro para a área social. A uma pergunta se o dinheiro gasto no estádio poderia ser mais bem investido nos setores de saúde, educação e transporte, Agnelo respondeu que o novo "equipamento" vai alavancar a economia de Brasília. 

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A visita à Brasília nesta terça foi a segunda parada de Valcke neste novo périplo do representante da Fifa pelas sedes da Copa das Confederações e do Mundial. Sua visita teve início na segunda, em Natal, onde vistoriou as obras da Arena das Dunas. Nesta quarta, ele vai até o Rio de Janeiro para ver como ficou o Maracanã após seu primeiro evento-teste. 

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