Às vésperas do sorteio da Copa do Mundo, a Fifa saiu em defesa da Rússia nesta terça-feira. Ao defender o direito do país de sediar o Mundial de 2018, a entidade afirmou que não há doping generalizado no futebol russo, apesar dos recentes escândalos em outras modalidades e até em outros grandes eventos esportivos, como aconteceu na Olimpíada de Inverno de Sochi, em 2014. + Fifa lança pôster oficial da Copa do Mundo com homenagem a goleiro Lev Yashin + Rússia pede à Uefa para sediar abertura da Eurocopa de 2020 em São Petersburgo "A partir da informação que temos, não podemos falar em doping generalizado no futebol da Rússia", declarou a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, nesta terça, a três dias do sorteio das chaves da Copa. O evento será realizado no Palácio do Kremlin e será o "pontapé" inicial do Mundial.
O esporte russo perder dezenas de medalhas e títulos nos últimos dois anos por conta de doping sistemático, principalmente no atletismo. Os atletas da modalidade foram até proibidos de competir na Olimpíada do Rio-2016. Investigação independente da Agência Mundial Antidoping (Wada) revelou em 2015 doping com apoio do governo, envolvendo até trocas de amostras de atletas russos durante a última Olimpíada de Inverno.
A Wada suspeita que ainda há muitos casos positivos encobertos pelas autoridades russas. E uma das modalidades com estes possíveis testes positivos é justamente o futebol.
Em razão dos seguidos casos de doping e das punições, a Rússia não conta atualmente com um laboratório credenciado em seu solo para conduzir os testes durante a Copa do Mundo. Por isso, todas as amostras recolhidas pela Fifa terão que ser enviadas para Lausanne, na Suíça, no mesmo dia em que foram coletadas.