
12 de junho de 2013 | 08h03
GENEBRA - Num esforço para transformar a Copa das Confederações em um dos principais torneios do mundo, a Fifa multiplicou seu investimento. Para o torneio que começa sábado, a entidade destinará cerca de R$ 100 milhões, duas vezes mais do que gastou em 2005, na Alemanha. Em 2009, na África do Sul, o valor chegou a R$ 68 milhões.
Esses recursos não incluíam a construção de estádios e infraestrutura. O dinheiro contabilizado é da própria Fifa para a operação do torneio e a premiação dos jogadores.
A Fifa já comemora o que chama de a maior Copa das Confederações já realizada. Serão quatro mil jornalistas credenciados e um recorde de vendas de entradas, ainda que apenas para o público local.
LOBBY
A entidade organizou o torneio de uma forma diferente, fazendo lobby para que as seleções escalassem seus melhores times. O que pode comprometer o plano, no entanto, é o estado físico dos atletas. Entre os italianos não é mistério o desgaste da temporada. Na Espanha, os últimos amistosos revelaram astros com dificuldade para completar a partida. O técnico da Nigéria, Stephen Keshi, foi obrigado a convocar novatos, diante das baixas de titulares, como Victor Moses, Emmanuel Emenike, Joseph Yobo e Obafemi Martins.
"Certamente quem mais está valorizando o evento é o Brasil", afirma um membro do Comitê Executivo da Fifa e que pediu para não ser identificado.
Outra estratégia da Fifa foi chegar a um acordo com os clubes europeus para liberar seus jogadores. Desde 2005, a entidade aceitou realizar o torneio a cada quatro anos, e não a cada dois, como ocorria desde 1997. Com isso, a entidade conseguiu o compromisso de liberação dos jogadores mediante do pagamento de um seguro por dias cedidos, além de regras claras sobre os próximos amistosos.
Parte do esforço da Fifa ainda foi o de promover o evento no exterior, levando Ronaldo e o troféu em uma turnê pela Itália e Espanha. Mas o interesse do torcedor foi mínimo e o próprio presidente da entidade, Joseph Blatter, admitiu ao Estado sua frustração diante do baixo número de estrangeiros.
O último fator decisivo é a presença de grandes seleções como Uruguai, Itália e México. O torneio foi montado para que, se tudo correr bem, celebre o jogo mais esperado dos últimos anos em uma eventual final no Maracanã: Espanha, atual campeã do mundo e bi europeia, e o Brasil, maior campeão de todos os tempos.
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