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Fifa investiga suposto protesto neonazista após alerta de entidade

Fare, entidade que monitora atos racistas ou xenófobos, entregará informe relatando mensagem neonazista de torcedor em Fortaleza

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Por Redação
Atualização:

A Fifa investiga se a Copa do Mundo foi palco de um protesto neonazista no jogo entre Alemanha e Gana, sábado, em Fortaleza. Segundo a entidade Fare, que monitora atos racistas ou xenófobos, um informe será entregue na segunda-feira após um torcedor entrar no gramado da Arena Castelão com códigos pintados em seu corpo, no início do segundo tempo.

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Para a Fare, a mensagem tinha uma forte conotação nazista, embora, aparentemente, as letras escritas sejam apenas o e-mail do torcedor. A Fifa confirmou que abriu investigações e diz que poderá punir a Federação Alemã, provavelmente com multas. "Não toleramos qualquer menção racista em campo", informou a entidade.

No mesmo jogo, outros torcedores alemães pintaram as mãos e rostos de preto, fazendo gestos que apontaram para um ato também racista. A Fifa garante que está acompanhando de perto o que ocorre nas arquibancadas. Não apenas trata de casos de racismo, mas de ataques contra gays e homossexuais. A torcida mexicana, por exemplo, foi alvo de uma investigação por conta de seu comportamento na partida contra Camarões.

Além de atos suspeitos de racismo, a entidade não esconde que está se preparando já para uma eventual final sul-americana e onde a rivalidade entre Brasil e Argentina poderia se transformar em violência e acusações mútuas.

Um dos cenários mais temidos é de uma final Brasil x Argentina e a rivalidade entre as duas torcidas já demonstrou que pode ser um problema. No jogo entre Argentina e Bósnia, brigas já foram registradas no Maracanã entre brasileiros e argentinos, que passaram o jogo se provocando. O mesmo ocorreu na partida entre Irã e Argentina.

Em Belo Horizonte, torcedores argentinos e brasileiros acabaram entrando em confronto, exigindo a intervenção da polícia. "Não existe espaço para isso em uma Copa", declarou Saint Claire Milesi, porta-voz do Comitê Organizador Local. Segundo ele, a rivalidade cada vez maior entre Brasil e Argentina está sendo avaliada. "É uma discussão que temos", declarou. "Medidas estão sendo tomadas para evitar uma escalada", completou.

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