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Fifa encerra processo contra Equador por escalação do ‘colombiano’ nas Eliminatórias

Chile, principal interessado na desclassificação da seleção equatoriana da Copa do Mundo, alega erro na documentação do lateral-direito Byron Castillo; decisão ainda cabe recurso

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Por Redação
Atualização:

A Fifa comunicou nesta sexta-feira, 10, que o Comitê Disciplinar da entidade decidiu pelo encerramento do processo contra a Federação Equatoriana de Futebol (FEF) pela escalação do lateral-direito Byron Castillo, supostamente nascido na Colômbia, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar. A Federação Chilena de Futebol (ANFP), principal interessada na investigação, tem dez dias para recorrer ao Comitê de Apelação da Fifa. O Chile tentava a desqualificação do Equador do Mundial, ficando com a vaga na repescagem contra a Austrália, com o Peru indo direto para o torneio. 

A decisão surge cerca de um mês após a ANFP entrar com uma ação na Comissão de Disciplina da Fifa denunciando uma irregularidade na documentação de Castillo na seleção rival. Segundo os chilenos, o Equador apresentou uma certidão de nascimento falsa à Conmebol, na qual o jogador teria modificado não só a idade como também a sua nacionalidade. 

Segundo Federação Chilena, Byron Castillo teria apresentado informações falsas em sua documentação. Foto: FRANKLIN JACOME / POOL / AFP

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O Chile mostrou documentos que mostram seu nascimento no dia 25 de julho de 1995, em Tumaco, na Colômbia. No registro dos equatorianos, ele teria nascido no dia 10 de julho de 1998, em General Villamil Playas, no Equador. A ANFP também argumenta que uma comissão da própria FEF teria concluído que Castillo era colombiano ao investigar irregularidades no registro de atletas no país. 

O presidente da Federação Equatoriana de Futebol, Francisco Egas, comemorou a decisão em suas redes sociais. "Hoje, se fez justiça desportiva, sempre soubemos estar do lado certo, vamos, Equador". A conta oficial da entidade no Twitter também aproveitou para provocar os chilenos, publicando um emoji com um rosto rindo. 

"Estamos desapontados com a decisão. A quantidade de evidências é enorme, provenientes tanto da Colômbia quanto do Equador, provando sem qualquer dúvida razoável que o jogador nasceu na Colômbia. Portanto, vamos recorrer e esperamos que essas evidências sejam plenamente consideradas. Se a decisão for técnica e baseada exclusivamente nas provas colhidas o Equador tem que ser sancionado", afirmou o advogado Eduardo Carlezzo, responsável pela ação do Chile.

O Equador está no Grupo A da Copa do Mundo, ao lado de Catar, Holanda e Senegal. A estreia será no dia 21 de novembro, contra a seleção anfitriã.