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Fifa vai insistir em nova regra de cota de jogadores

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Por Redação
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A Fifa seguirá com planos para diminuir o número de jogadores estrangeiros nos clubes após estudos mostrarem que a ideia é compatível com as leis europeias. A proposta 6+5, na qual os clubes teriam que escalar ao menos seis jogadores aptos a defender a seleção nacional do clube em questão, foi paralisada após chefes da União Europeia dizerem que a sugestão viola as rigorosas regras do bloco sobre o livre movimento de trabalhadores. No entanto, um estudo legal conduzido pelo Instituto para Assuntos Europeus deu esperança à Fifa. "Ao menos com o estudo podemos dizer que a nossa proposta não é incompatível com a lei europeia", disse a repórteres o presidente da Fifa, Joseph Blatter, nesta sexta-feira, após se reunir com o comitê executivo do órgão regulador do futebol mundial. "Você pode imaginar o que aconteceria se todas as entidades políticas no mundo... fizessem a mesma intervenção nos esportes como a UE? Não haveria esportes internacionais". Mesmo que a ideia 6+5 seja derrotada no final, Blatter afirmou que a batalha para a sua adoção terá benefícios adicionais. "A autonomia do esporte, este é o objetivo. O objetivo não é o 6+5. Você já pode ver isso mais e mais -- jogadores locais jogando por clubes locais", afirmou. Além de criticar a UE, a Fifa está em conflito com a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) a respeito de uma regra sobre o paradeiro dos atletas para que se realizem exames antidoping fora de competição. De acordo com as novas exigências, os atletas têm que informar à autoridade antidoping de seu país onde estarão disponíveis por uma hora todos os dias. "Achávamos que com a Wada estava tudo bem. Mas agora estamos um pouco surpresos com algumas declarações da Wada de que não haverá exceções para nenhum esporte", disse Blatter. Outros assuntos discutidos no encontro incluíram o relatório financeiro da Fifa, que mostrou aumento das receitas da organização, dos 882 milhões de dólares em 2007 para 957 milhões no ano passado. A Fifa está confiante que a recessão mundial não afetará a Copa do Mundo 2010, na África do Sul, cuja venda de ingressos corre bem, ao contrário das vendas para a Copa das Confederações, em junho. (Reportagem de Mark Meadows)

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