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Fifa vai interrogar informante de caso de corrupção

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Por AE-AP
Atualização:

O presidente Joseph Blatter afirmou nesta quinta-feira que a Fifa vai interrogar o informante que afirmou que o Catar pagou suborno para eleitores africanos do comitê executivo da entidade em troca de votos no processo de escolha da sede da Copa do Mundo de 2022. O presidente da Fifa disse que o jornal britânico The Sunday Times concordou em levar sua fonte para uma reunião com altos funcionários da entidade, que deve então decidir se abre um novo inquérito sobre as denúncias no processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. "Estão felizes, eles concordaram em trazer esse denunciante aqui a Zurique e, em seguida, teremos uma discussão, uma investigação sobre isto", disse Blatter.O denunciante alega que os membros do Comitê Executivo da Fifa Issa Hayatou e Jacques Anouma receberam US$ 1,5 milhão cada para votar no Catar, que foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2022 em dezembro de 2010. Blatter não descartou reabrir a votação do Mundial de 2022 se a corrupção for provada, mas pediu para analisar o caso "passo a passo". O presidente da Fifa, disse que a organização está "esperando ansiosamente" mais provas antes de pedir a sua comissão de ética para examinar as denúncias feitas no Parlamento da Grã-Bretanha na semana passada. Blatter afirmou que a situação deve ser "esclarecida" até 27 de maio, cinco dias antes da disputa da eleição da eleição para a presidência da Fifa entre o suíço e o catariano Mohamed bin Hammam, que teve papel decisivo na vitória do seu país. O dirigente explicou que o jornal e seu denunciante se reunirão com Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa, e Marco Villiger, diretor jurídico da entidade. O comitê de ética da Fifa poderá ser convocado nos próximos dias para realizar a sua própria investigação. "O comitê de ética já está alertado e alarmado. Eles não estão deitados na praia", afirmou Blatter. "Todos os membros virão ao Congresso (em 1° de junho), por isso vai ser fácil convocar rapidamente um comitê de ética". Blatter disse que não ordenará uma investigação que possa manchar a reputação do seu adversário eleitoral. "O que eles fazem não é uma questão para o presidente da Fifa", disse. A Fifa também está aguardando as evidências para avaliar as novas acusações feitas no Parlamento por David Triesman, o ex-presidente da candidatura da Inglaterra para a Copa do Mundo e da Associação de Futebol da Inglaterra.Ele disse que Jack Waner, Nicolas Leoz, Ricardo Teixeira e Worawi Makudi tiveram comportamento "impróprio e antiético" no processo de escolha da sede do Mundial de 2018, que foi vencido pela Rússia. Teixeira teria pedido propina para votar na Inglaterra. Todos os membros do Comitê Executivo da Fifa negaram as irregularidades.

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