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Filho pede gol do título para Amoroso

Giovanni, de 8 anos, espera que o papai e atacante faça o São Paulo campeão da Copa Libertadores na próxima quinta. E cumpra outra promessa.

Por Agencia Estado
Atualização:

Amoroso chegou ao São Paulo recentemente com a missão de levar o time à decisão da Libertadores. Cumpriu. Na quinta-feira fará seu quarto jogo e, além de buscar a confirmação da promessa feita à torcida, de mudar o nome do estádio são-paulino para "Morumtri", alusão ao terceiro título da competição, terá de satisfazer desejo do exigente filho, Giovanni, de apenas 8 anos. "Papai, faz o gol do título para mim", é o pedido. "Tomara que eu consiga. Mas só garanto muita garra", despista o atacante, evitando polêmica com os adversários. Amoroso anda medindo as palavras. Quando sugeriu a troca de nome do Morumbi -, após o São Paulo eliminar o River Plate, nas semifinais -, acabou acirrando ainda mais a decisão. Mas o sorriso, sua marca registrada, não esconde ser sua vontade, à do filho mais velho. É pai, também, de Matteo, de 2 anos. "Conquistar este título será muito bom para mim. Na verdade, seria o mais importante", afirma. "Fazendo gols, então..." Na vencedora carreira, já conquistou a J-League pelo Verdy Kawasaki, em 92 e 93, sendo artilheiro nas duas (nove e 21 gols, respectivamente), o Campeonato Carioca de 96 com o Flamengo, a Copa América de 99 pela seleção brasileira, a Supercopa da Itália em 2000 com a Udinese e a Bundesliga, pelo Borussia Dortmund, em 2002. Nos três jogos pelo São Paulo, até agora, Amoroso anotou uma vez, no jogo de volta, diante do River Plate. Acha pouco. E está eufórico para alegrar Giovanni e os são-paulinos. "Atacantes vivem de gols. Eu não sou diferente," enfatiza, sempre observado atentamente pelo filho. E Giovanni virou mesmo o centro das atenções. "O que você sempre me pede?", pergunta ao menino. "Gols", ouve. "Tá vendo, por isso sou artilheiro nos times onde jogo." Verdade. Foram 19 gols no Brasileiro de 94, pelo Guarani, 22 no Italiano de 99 pela Udinese e 18 em 2002 no Borussia. "O papai sempre costuma fazer o que peço", revela um tímido Giovanni, garantindo ser são-paulino e, no futuro, um atacante tão bom quanto o pai. "Jogo bola sim, com a camisa 9", diz. Bela a inocência da infância. "Senão, terá de me dar um outro presente. Quem sabe a camisa do São Paulo." O companheiro Josué, que no primeiro jogo teve chance clara de gol, mas esbarrou no goleiro Diego, também está torcendo pelo atacante. Por ele ser matador nato. E também sonhando. "No Sul, Deus não quis que minha bola entrasse. Quem sabe agora", acredita. "Mas o mais importante não é fazermos gols. Que seja contra, de costas, nuca, tudo vale."

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