Fim de Blatter abre caminho para uso de replay na arbitragem

Nova decisão sobre tecnologia será tomada no 1º semestre de 2016

PUBLICIDADE

Por Jamil Chade e correspondente na Suíça
Atualização:

A eleição na Fifa vai decidir o futuro da tecnologia no futebol. Como estava previsto desde a reunião da International Board em fevereiro, uma decisão  será tomada no início de 2016 para definir se os replays poderiam ser usados em vídeos para auxiliar a arbitragem e, se aprovado, os testes começarão no segundo semestre. Mas o fim da era de Joseph Blatter na entidade e o afastamento de Jerome Valcke abrem caminho para a nova proposta.O uso do vídeo estava na agenda da International Football Association Board (IFAB) há seis meses. O órgão é espécie de diretório que se ocupa de proteger as regras do jogo formado pelas quatro federações britânicas e pela Fifa.  

Joseph Blatter vai deixar a Fifa em 2016 

Mas a Fifa bloqueou uma propostas de cartolas europeus para testar o uso de replay nos jogos. Novos estudos sobre os assuntos foram solicitados para 2016, assim como uma decisão. Mas não havia uma data para o início dos testes. Agora, com uma nova administração assumindo a entidade a partir de março, a esperança da IFAB é de que os testes possam começar, inclusive no Brasil, que pediu a autorização para testar o vídeo." Devemos ter essa discussão em março e, se aprovada, começaremos os testes no segundo semestre de 2016 ", declarou Lucas Brud, o secretário da IFAB. A diferença em relação ao encontro de fevereiro, porém, é que o voto da Fifa será certamente diferente. Blatter deixa seu cargo em fevereiro.  Provas já estavam ocorrendo com a Federação Holandesa de Futebol, permitindo em alguns jogos os árbitros mantivessem contato com outro juiz fora de campo e que estariam assistindo a partida por um vídeo. Se alguma dúvida surgisse, o árbitro poderia solicitar imediatamente o apoio.Mas os holandeses esperavam um sinal verde em fevereiro para testar o sistema no campeonato nacional. Pelo menos mais duas federações nacionais - Inglaterra e Escócia - saíram em defesa do projeto. "Nós teríamos aprovado a ideia", declarou naquele momento o presidente da federação escocesa, Steward Regan.Mas a Fifa vetou. "Ainda não está claro o que seria a proposta do uso do vídeo", declarou em fevereiro Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa. "Essa seria a maior decisão jamais adotada na história moderna do futebol e que teria um grande impacto no futuro do jogo", argumentou. Com Valcke afastado e Blatter fora da entidade, a esperança é de que os testes se transformem em realidade.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.