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Fisioterapeutas também deixam o Vasco

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Por Agencia Estado
Atualização:

A crise no departamento médico do Vasco parece não ter fim. Após cinco profissionais pedirem demissão por não aceitarem interferência do presidente Eurico Miranda em seus trabalhos, hoje foi a vez dos fisioterapeutas Fernando Campbell e Vanessa Knust, em solidariedade aos companheiros de profissão, também solicitarem afastamento do clube. Apenas a fisioterapeuta Miriam Damasceno permanece no Vasco. Para complicar ainda mais a situação da área médica do clube, o médico Lídio Toledo não deve aceitar o convite para trabalhar em São Januário. Mesmo assim, Eurico Miranda não quer falar em crise aos jornalistas. "Não tem crise aqui. Quem quiser que vai embora. O Vasco tem gente para colocar nos lugares deles", afirmou o presidente do clube. Contratado como principal reforço do Vasco para esta temporada e com a incumbência de ser o líder da equipe, formada por jovens promessas, o meia Marcelinho atuou apenas em seis partidas neste ano. O atleta, de 32 anos, alegava, em conversa com os médicos do clube, sentir dores musculares. Irritado com as constantes lesões sofridas pelo jogador e com a posição do clube no Campeonato Brasileiro (ocupa a zona do rebaixamento), o presidente Eurico Miranda ordenou que Marcelinho viajasse a São Paulo, na segunda-feira, para ser submetido a um exame com o objetivo de diagnosticar o problema. O resultado da perícia foi negativa: não detectou nada que explicasse as freqüentes lesões musculares. O resultado do exame aumentou o descontentamento do presidente do Vasco com os médicos do clube. O dirigente já vinha fazendo críticas aos métodos utilizados pelos profissionais. Recentemente, o médico Alexandre Campello havia determinado que Marcelinho não participaria de treinos com bola por pelo menos 40 dias. E Eurico discordou da recomendação do profissional. Em resposta, o presidente vascaíno contratou dois fisioterapeutas (Alexsander Evangelista e Márcio Saldanha) que tratariam apenas da contusão de Marcelinho. Para o dirigente, esse processo agilizaria o retorno do jogador ao campo. Alegando interferência em seu trabalho de 20 anos no clube, Alexandre Campello pediu demissão na terça-feira. "Já tinha divergência e o que aconteceu com o Marcelinho motivou a minha saída", afirmou Alexandre Campello, na ocasião. Em solidariedade ao companheiro de profissão, o vice-presidente Manoel Coutinho e os médicos Fernando Mattar, Paulo César Grande e Clóvis Munhoz, que era responsável pelo departamento médico do Vasco, decidiram entregar o cargo. O Vasco anunciou que Pedro Valente será o novo vice-presidente médico do clube e o responsável por montar a nova equipe médica.

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