Publicidade

Flamengo é tricampeão carioca

O técnico Zagallo comemorou intensamente a conquista. No final, ele repetiu a célebre frase "voces vão ter que me engolir" para raiva dos vascaínos.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Flamengo manteve o tabu ao vencer, pela terceira vez seguida, uma final de campeonato contra o Vasco e conquistar o quarto tricampeonato de sua história. Com um gol de falta feito por Petkovic aos 43 minutos, o Flamengo venceu por 3 a 1, hoje no Maracanã, conseguindo o placar que lhe era necessário. A partida foi movimentada durante os 90 minutos e o destino do campeonato esteve indefinido até o final. Na última partida, o time vascaíno havia vencido por 2 a 1 e tinha vantagem de jogar por dois resultados iguais. Logo no início ficou demonstrado qual seria o retrato da partida, com o Flamengo pressionando e o Vasco explorando os contra-ataques. A primeira chance foi vascaína, com Juninho Paulista, que, livre diante do goleiro, chutou fraco . Reinaldo, que estava em tarde infeliz, teve duas oportunidades, mas chutou fraco. No ritmo alucinante em que decorria a partida, a chance em seguida foi de Viola, que também chutou fraco para a defesa de Júlio César. Aos 20 minutos, Cássio, que vinha levando vantagens nas jogadas pela esquerda, driblou Clébson e foi derrubado na área. O juiz marcou pênalti que Edílson, aos 22, cobrou com perfeição para abrir o placar. Em desvantagem, embora ainda tivesse o título garantido, o Vasco se tornou mais ofensivo. Quase marcou com Pedrinho e teve um gol de Euller anulado, quando o juiz marcou impedimento. O Vasco finalmente chegou ao empate, em falha da zaga rubro-negra. Alessandro tentou dar um chutão, a bola espirrou e Viola ganhou no corpo de Juan. O substituto de Romário, que não esteve bem, tocou para Juninho Paulista, que empatou aos 41. O mesmo Juninho teve chance de definir a partida, quando novamente sozinho chutou fraco para a defesa de Júlio César, um dos grandes responsáveis pela vitória rubro-negra. Sem outra alternativa, o Flamengo se tornou ainda mais ofensivo no segundo tempo e Petkovic passou a estar mais presente na partida. Aos 8 minutos, ele dominou a bola na esquerda e cruzou na medida para Edílson completar de cabeça e desempatar. Esse foi o 16º gol de Edilson, artilheiro do Campeonato Carioca. Dois minutos depois, o Vasco quase empata, em cobrança de falta na trave de Juninho. Euler era o jogador mais perigoso do Vasco e quase marcou, depois de driblar Júlio César, mas Leandro cortou. A partida então se tornou extremamente nervosa, com erros de todos os lados. Zagallo tentou melhorar o ataque da equipe rubro-negra, trocando Reinaldo por Roma, que também não teve boa participação em campo. O Flamengo ainda foi prejudicado pela saída de Beto, jogador que representou toda a vontade demonstrada pelo Flamengo, que o levou ao título. O time vascaíno ainda teve nova chance de acabar com as esperanças rubro-negras, mas Júlio César fez defesa importantíssima em chute de Euler. A ineficiência do Vasco em aproveitar os contra-ataques proporcionados pela zaga do Flamengo foi decisiva para o resultado da partida. Além disso, os vascaínos, mais uma vez, pareceram intimidados com o Flamengo, para quem já haviam perdido dois títulos anteriormente. A sina vascaína se concretizou quando Petkovic cobrou falta no ângulo com a categoria que lhe é característica. Esse gol, a dois minutos do final, não permitiu reação aos vascaínos, que se abateram e aceitaram a derrota. Enquanto o iugoslavo foi decisivo para o Flamengo , Romário mais uma vez ficou de fora da decisão por causa de uma contusão da panturrilha direita. O Flamengo foi campeão com Júlio César; Alessandro (Maurinho), Juan, Fernando e Cássio; Leandro Ávila, Rocha, Beto (Jorginho) e Petkovic.; Edilson e Reinaldo (Roma). Técnico: Zagallo. Clique aqui para pegar o pôster do campeão carioca. O Vasco jogou com Helton; Clébson, Torres, Géder (Odivan), e Jorginho Paulista; Fabiano Heler, Paulo Miranda, Juninho Paulista e Pedrinho (Jorginho); Euller e Viola (Dedé). Técnico: Joel Santana. O árbitro foi Léo Feldman.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.