'Focar em cantos racistas e antissemitas é psicose", diz porta-voz da Lazio

Arturo Diaconale diz não ter ouvido músicas mesmo estando no estádio e que não se deve generalizar

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Por Redação
Atualização:

Arturo Diaconale, porta-voz da Lazio, concedeu uma entrevista coletiva após a partida do time contra o Novara, pela Copa da Itália, em que falou sobre as músicas racistas e antissemitas que foram cantadas pela torcida da equipe da capital italiana. Diaconale pôs em dúvida a existência dos cantos, que saíram do setor norte do estádio.

"Eu estou entre os 98% que estava presente no estádio e não ouviu os cantos", afirmou.

Curva norte do Estádio Olímpico, em Roma, onde foram ouvidos os cantos racistas e antissemitas da torcida da Lazio Foto: Claudio Peri / EFE

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"O clube naturalmente condena qualquer música racista ou antissemita, mas temos que considerar as dimensões desse fenômeno. Acho que é uma uma forma de psicose focar em incidentes minoritários ou inexistentes", declarou Diaconale.

Segundo o porta-voz, não foi o estádio inteiro que participou. Os gritos eram de "Vermelho, amarelo e judeu" e "essa Roma que parece a África", se referindo de forma pejorativa à principal rival da Lazio, a Roma.

A polícia investiga os cantos, assim como panfletos assinados por um grupo de ultras (torcedores organizados) da Roma na última quarta-feira, 09/01, aniversário da Lazio, que diziam "Lazio, Napoli e Israel, mesmas cores, mesma bandeira. M...".

Em outubro de 2017, torcedores da Lazio imprimiram fotos da garota Anne Frank, garota judia que morreu no Holocausto, com a camisa da Roma, em outro caso de antissemitismo. Na ocasião, a federação italiana obrigou os capitães de todos os times a lerem trechos do Diário de Anne Frank antes do início das partidas.

O racismo também esteve presente uma ocasião recente na Itália. Em 26 de dezembro, o zagueiro senegalês Koulibaly, do Napoli, foi vítima de racismo por parte de torcedores da Inter de Milão.

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