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<font class=chapeu>LIDERANÇA EM JOGO</font><BR>Cruzeiro e Santos fazem <br>final antecipada

Por Agencia Estado
Atualização:

Os dois melhores times do Campeonato Brasileiro se enfrentam hoje, às 16h, no Mineirão. Um clássico deve lotar o estádio mais uma vez. Os dois times chegam à 31ª rodada praticamente igualados. O Santos do técnico Leão tem o mesmo número de pontos do Cruzeiro de Vanderlei Luxemburgo (58), o mesmo número de vitórias (17), de empates (sete) e de derrotas (seis). A única diferença são os gols marcados. O Cruzeiro fez 66 e levou 38, tem saldo de 28. O Santos marcou 57 e levou 33, tem saldo de 24. Leão tentava de tudo ontem para tirar a pressão de cima de seus jogadores. Fez mistério, dizendo que a escalação só sairá hoje nos vestiários. E até interrompeu o treino diante do grande número de jornalistas no CT e de torcedores que acompanhavam tudo de cima do muro. Luxemburgo, tentando vencer essa guerra de nervos, definiu sua equipe. Leão comandou um coletivo com três zagueiros - Alex, André Luís e Pereira. Depois, tirou um zagueiro, mas na lateral-direita colocou Neném em vez de Reginaldo Araújo, que vai cumprir suspensão. "Ainda estou amadurecendo e posso me dar esse tempo para pensar", disse. Leão já experimentou o esquema de três zagueiros com Preto e ontem colocou Pereira para ver como o time reagia. "Mas há também a possibilidade de Neném não entrar", dizia o treinador, na tentativa de não deixar pistas para Luxemburgo. Elano ficou na expectativa de jogar em sua função. "Se jogo com três zagueiros, quero o Elano de ponta, não de lateral", disse Leão. E o meia gostou da notícia. "Sempre prefiro jogar mais à frente, mas se tiver de ser lateral, não tem problema, já atuei assim várias vezes." Ontem Elano apareceu de cabelo cortado. Alvo constante de brincadeiras dos colegas, que o apelidaram de Dolly, em uma referência à ovelha clonada, explicou que o corte não era para acabar com o apelido. "Cortei para que o cabelo cresça melhor e porque estava usando uns produtos que precisava mudar." O técnico Leão conversou com seus jogadores para tentar diminuir o estresse. "Prefiro a rotina", dizia Leão. "Por força das circunstâncias, a mídia soube fazer o marketing do espetáculo fantasioso e isso é bonito. Está tendo o comportamento da crônica carioca, fazendo um oba-oba muito grande", disse o técnico. Os jogadores saíram repetindo o discurso de Leão, de que a partida de hoje é importante, mas não decisiva. "O time que vencer assume a liderança e ganha mais tranqüilidade no resto do campeonato", disse o volante Renato. Diego concorda. "Faltam ainda muitos jogos, mas é importante a gente conquistar a liderança e daí trabalhar para mantê-la até o fim. O campeonato é de pontos corridos." No Cruzeiro, o técnico Vanderlei Luxemburgo mudou o comportamento e divulgou a equipe que começa jogando com duas novidades: Maldonado no meio-de-campo, no lugar de Felipe Melo, e Thiago na zaga, substituindo Edu Dracena, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Alex acredita que o vencedor irá se beneficiar do "efeito psicológico" no restante da competição. "Há um longo caminho a ser percorrido, mas o mais interessante é estar sempre na frente", disse o meia, que espera um jogo bom tecnicamente, mas de muita marcação. Ele sabe que não terá muito espaço, a exemplo da partida do primeiro turno, na Vila, quando reclamou do excessivo número de faltas. Mas Alex não fala em duelo com Diego, o camisa 10 santista. "O Diego é um jogador espetacular, apesar da pouca idade, mas não me vejo duelando com ele. O jogo é entre Cruzeiro e Santos, não de fulano contra beltrano."

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