PUBLICIDADE

Força do real ajuda a reverter exportação de jogadores brasileiros, diz 'FT'

Graças a moeda forte, jovens estrelas estão indo mais tarde para a Europa, enquanto veteranos retornam mais cedo ao Brasil.

Por BBC Brasil
Atualização:

A valorização do real está ajudando a conter "um dos principais produtos de exportação do Brasil", a venda de jogadores de futebol para a Europa, segundo afirma reportagem publicada nesta segunda-feira pelo diário econômico britânico Financial Times. "Jovens estrelas estão jogando por mais tempo no Brasil, antes de migrar para a Europa, enquanto veteranos estão retornando mais cedo, conforme diminui a diferença nos salários com a Europa, atingida pela crise", afirma o texto, publicado na capa do jornal. A reportagem comenta que os gastos com novos jogadores no Brasil aumentaram 63% em 2010 em relação ao ano anterior, comparado com uma queda de 29% na Europa, segundo o levantamento de uma agência de marketing esportivo. O jornal observa que o real atingiu recentemente seu valor mais alto em relação ao dólar em 12 anos e se valorizou 35% em relação ao euro e à libra desde 2008, "ajudando clubes de futebol locais a competir contra seus ricos pares europeus na disputa pelos melhores jogadores do mundo". A reportagem cita a recente oferta de 40 milhões de euros do Corinthians pelo atacante argentino Carlos Tévez, do Manchester City, como um exemplo do aumento do poder de compra dos times brasileiros. O jornal cita ainda uma lista de jogadores brasileiros, como Ronaldo, Luis Fabiano, Ronaldinho e Fred, que voltaram ao país após jogar na Europa. A reportagem observa ainda que a situação financeira mais forte dos clubes brasileiros está também ajudando-os a manter seus jovens talentos. "O Santos, equipe do grande Pelé, rejeitou uma suposta oferta do Chelsea pela estrela adolescente Neymar oferecendo a ele um sofisticado pacote de compensações que incluem uma renda por direitos de imagem", conclui o texto. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.