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FPF bloqueia dinheiro do Corinthians

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Corinthians festejou o título do Campeonato Paulista, mas ficou sem parte da renda do jogo de sábado. Após a partida, a diretoria do clube foi informada pelos dirigentes do São Paulo - dono do estádio - que a Federação Paulista havia mandado bloquear R$ 149 mil, valor referente aos ingressos vendidos no Morumbi, que deveria ser repassado ao clube. O presidente corintiano, Alberto Dualib, mostrou insatisfação com a atitude de Eduardo José Farah, presidente da FPF, mas sabe que suas reclamações terão pouco efeito prático. Dualib sabe: o bloqueio do dinheiro é mais uma retaliação de Farah ao Corinthians. São péssimas as relações entre o todo-poderoso dirigente da entidade e a cúpula corintiana. Farah já mostrou inúmeras vezes o seu descontentamento com o fato de o Corinthians ter se aproximado "demais" de Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Embora diga publicamente que tem um bom relacionamento com Teixeira, Farah não se cansa de criticar a sua administração e não nega ser candidato à presidência da entidade que manda no futebol brasileiro. O empréstimo de R$ 3 milhões que o Corinthians conseguiu da CBF no fim do ano passado contribuiu para deixar Farah ainda mais furioso. No Parque São Jorge, ninguém tem dúvidas: o bloqueio dos R$ 149 mil é apenas mais um capítulo da guerra de bastidores. Dois dias antes da final com o São Paulo, o Comitê Disciplinar da FPF, cumprindo ordens de Farah, multou o volante Vampeta em R$ 50 mil por causa das declarações do volante durante a semana, comparando o cartola a George W. Bush, presidente dos Estados Unidos. Antes, no início do Paulista, sobrou até para o obscuro meia Fumagalli. Por ter criticado a desorganização do campeonato, o jogador foi multado em R$ 10 mil. Assim como promete fazer no caso da punição a Vampeta, o clube recorreu e não pagou a multa. Em meio às retaliações, o Corinthians espera receber os R$ 600 mil de prêmio por ter sido campeão paulista.

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