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FPF e clubes discutem o futuro do Paulistão nesta segunda-feira: rodada do fim de semana foi adiada

Reunião encaminha os próximos passos da competição que está paralisada por causa das restrições no Estado em recorrência do aumento de casos e mortes pela covid-19

Por Ciro Campos
Atualização:

O futuro do Campeonato Paulista 2021 terá um novo capítulo a partir das 10h desta segunda. Os clubes e os comandantes da Federação Paulista de Futebol (FPF) fazem outro encontro virtual para discutir o que pode ser feito enquanto o Estado inteiro estiver com atividades esportivas suspensas, como está até dia 30. Os dirigentes vão definir se o torneio vai para outro Estado ou se o melhor será aguardar o fim da fase emergencial.

ntre os 16 clubes participantes, existe o consenso de que o Estadual tem de ser cumprido e, se possível, encerrado na data prevista, dia 23 de maio, para não coincidir datas com o Campeonato Brasileiro. As equipes aceitam jogar em outros Estados, porém a ideia enfrenta obstáculos. Os custos e a recusa de governadores pesam contra.

Pandemia volta a afetar a disputa do Campeonato Paulista Foto: Rodrigo Corsi/Federação Paulista de Futebol

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Neste caso, também não estão levando em conta o risco da contaminação da covid-19 com deslocamentos e hotéis, além de alimentação fora de casa. Outra prioridade é definir o que será feito com a próxima rodada, marcada para quarta-feira. Oito jogos estão agendados. A rodada do fim de semana teve sua suspensão confirmada na quinta. A FPF e os clubes concordaram em não realizar os jogos previstos por causa da falta de tempo em achar uma sede.

Mesmo se a ideia de levar jogos para fora de São Paulo for levada adiante, as opções são escassas. O Rio foi sondado como primeira alternativa, porém o governo não quis autorizar. A Federação Paulista chegou a marcar o jogo entre São Bento e Palmeiras em Belo Horizonte. A proposta durou só até o governo mineiro vetar. A pandemia <IP9,0,0></IP>vive situação delicada no País e outros Estaduais estão suspensos.

Os clubes têm mantido a rotina de treinos. O cancelamento do Paulistão está descartado, mas a possibilidade ainda remota de a competição ser suspensa por tempo indeterminado assusta alguns dirigentes. Os times do interior deixariam de receber metade dos R$ 4 milhões previstos pela cota de participação. Caso seja necessário jogar em outro Estado, a FPF terá de custear despesas com passagens, hotéis, alimentação e aluguel de estádio. “Jogador nenhum gosta de ficar parado. Ter o Paulista para jogar é uma vitrine, uma maneira de aparecer e arrumar outro time pelo resto do ano”, diz o presidente do Santo André, Sidney Riquetto.

A FPF propôs aos clubes a possibilidade de levar a paralisação à Justiça. O tema foi discutido na quinta. Após uma primeira rodada em que os clubes se dividiram sobre o assunto, por 9 a 7, ficou definido que a disputa não seria levado à Justiça. A Ferroviária foi quem desempatou – a discussão pode ter hoje uma segunda rodada de opiniões.

O argumento da FPF para seguir com o Estadual é a aplicação de cuidados. Testes, elencos concentrados para evitar contatos externos e jogos sem torcida estão entre as justificativas. Manter elencos confinados em bolhas também. Mas nada disso convenceu o governo do Estado e o Ministério Público (MP) de mudarem de ideia.

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O presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, disse ao Estadão que pretende até colocar regras mais duras a jogadores que não obedecerem o isolamento. “Estamos estudando a possibilidade de punição dos profissionais que não seguirem essas normas que são cruciais”. A covid-19 tem causado desfalques. O Corinthians teve casos recentes e a Ponte Preta sofre um surto, com 32 infectados no clube.