FPF garante que Paulistão está limpo

O escândalo da arbitragem

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos por enquanto, as denúncias de manipulação de resultados não terão nenhum efeito na classificação final do Paulistão 2005. O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo del Nero, disse nesta terça-feira que as duas partidas citadas por Edílson Pereira de Carvalho em seu depoimento ? Guarani 0 x 2 Corinthians e América 1 x 4 Palmeiras ? foram analisadas e que nada de errado foi encontrado. ?A Comissão de Arbitragem (da FPF) já assistiu o teipe dessas partidas. Pelo que viram, não existiu nada de anormal?, explicou Del Nero, nesta terça-feira, em entrevista ao programa Arena SporTV. Mas a FPF continua em estado de alerta. Marco Polo del Nero aguarda novas revelações de Edílson Pereira de Carvalho, que está preso na Polícia Federal, para decidir que atitudes tomar em relação ao rebaixamento do Campeonato Paulista deste ano. O problema não está em cancelar ou não a disputa ? Marco Polo del Nero já assegurou que o troféu de campeão continuará de posse do São Paulo. A dúvida é o que fazer com as partidas que tiveram a influência de Edílson e que alterariam o resultado na ponta de baixo da tabela - União Barbarense, União São João, Atlético Sorocaba e Internacional de Limeira foram os rebaixados. Por enquanto, nenhum dos clubes rebaixados à Série A2 pensa em apelar para a Justiça Desportiva para retornar à primeira divisão. No entanto, aproveitando o escândalo, reforçam os protestos contra o péssimo desempenho que os árbitros tiveram no Paulistão. ?Vamos aguardar a promotoria. Se o Edílson declarar que teve interferência em alguma partida, pode ter certeza que vamos exigir reparação?, avisou o presidente do União São João, José Mario Pavan. ?Estou aguardando uma postura do presidente Marco Polo. Por enquanto, não vamos levar o caso para a Justiça?, reforçou João Júnior, presidente da Inter de Limeira. Representantes do União Barbarense e do Atlético Sorocaba não foram localizados pela Agência Estado. O presidente da FPF não descartou a possibilidade da criação de uma espécie de corregedoria que vasculhe a vida particular dos árbitros. ?Vamos ver se ele tem dívidas na praça, se bebe, se está com problemas na família. Tomara que seja só ele (Edílson Pereira)?, concluiu Marco Polo del Nero.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.