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FPF não recua e mantém ingresso a R$ 20

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, disse nesta quinta-feira que ?entende? a posição dos quatro torcedores que entraram na Justiça e conseguiram, na 15ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, o direito de pagar R$ 10,00 por ingresso para assistir aos jogos do Campeonato Paulista. Mas o dirigente está irredutível quanto à possibilidade de reduzir o valor do bilhete, de R$ 20. "Acho normal a atitude deles (Wenilton David de Mendonça, Júlio Davis Santana de Mendonça, Valmir Venceslau de Araújo e Alexandre Luiz dos Santos). Como não aprovam o preço dos ingressos, foram buscar os seus direitos", disse o advogado Del Nero, que prepara a defesa da entidade. "A liminar foi concedida de acordo com o a documentação que os torcedores providenciaram. Estamos montando nossa defesa. O juiz decidirá, depois, quem tem razão. Estamos elaborando todos os itens para apresentar." Quem concedeu a liminar aos quatro torcedores foi o juiz Mário Chiuvite Júnior, que também determinou a possibilidade de os quatro comprarem o ingresso-família no próprio dia da partida - essas entradas, que permitem ao comprador levar um acompanhante e três crianças de 5 a 12 anos, podem ser adquiridas apenas até a véspera das partidas. A decisão do juiz poderá provocar a mesma reação em muitos torcedores. "A nossa idéia é fazer com que o torcedor possa ir ao estádio a um preço justo", disse o juiz na quarta-feira, depois de conceder a liminar. Por enquanto, apenas os quatro que obtiveram a liminar poderão pagar menos pelo ingresso. Nesta quinta-feira, a Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians, decidiu entrar na Justiça para também conseguir ingressos dos jogos de seu time pela metade do preço, para os 68 mil associados. Os clubes estão a favor dos preços estabelecidos para o Paulistão e são contra qualquer subsídio pela simples razão de que, com ingressos a R$ 10, sempre terão prejuízos nos borderôs. O Corinthians, que não tem estádio próprio, acaba ficando com 25% a 30% da renda. No Brasileiro de 2003, em todos os jogos no Pacaembu teve prejuízo, pagou para entrar em campo. No Paulistão, ao contrário, está no azul.

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