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FPF nega favorecimento ao Marília

O escândalo da arbitragem

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, negou a afirmação do árbitro Paulo José Danelon, na Polícia Federal, segundo a qual o Marília era protegido pela entidade. ?Chequei logo os arquivos. O próprio Danelon apitou, este ano, um jogo do Marília e Ituano, em Marília. E o Ituano ganhou de 2 a 0. Portanto, como o Danelon poderia afirmar que havia orientação para favorecer o Marília??, disse. Para Del Nero, Danelon, talvez afoito para conquistar a ?Delação Premiada?, poderia ter passado informações que não correspondem à realidade. Del Nero também tem dúvida se Edílson Pereira de Carvalho conseguiu cumprir tudo o que tinha prometido a Gibão, Nagib Fayad. ?Ele poderia ter vendido ?fumaça? para o Fayad?, diz. O presidente da FPF disse que não pensa em refazer os jogos que, eventualmente, possam ser anulados. E também não cogita aumentar o número de participantes no Paulistão/2006, caso alguma equipe rebaixada prove que foi prejudicada. Nesse caso, o rebaixamento seria revisto. ?Mas quatro equipes, de qualquer forma, cairão para a Série A2?, disse o dirigente. O Tribunal de Justiça Desportiva da FPF já formou uma Comissão de Inquérito para analisar as denúncias de resultados forjados no Campeonato Paulista de 2005, nas partidas dirigidas por Edílson e Danelon. O resultado deve sair em 15 dias e o presidente da comissão é o delegado Oswaldo Nico Gonçalves, há dez anos auditor da FPF, o mesmo que deu voz de prisão ao jogador argentino Desabato, do Quilmes, no Morumbi. Nico pretende convocar os dois árbitros para depor na Federação. De acordo com os trâmites, a Comissão de Inquérito terá 15 dias para colher depoimentos, analisar vídeos dos jogos e levantar demais informações. Então será feito um relatório com o parecer do presidente da Comissão. Em seguida, o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, Naief Saad, encaminhará o relatório para a procuradoria, que poderá ou não denunciar a prática de má fé em um ou mais jogos do Paulistão. ?Alguns jogos poderão ser anulados. Neste caso, os pontos do vencedor seriam invalidados?, explica Naief. A Comissão de Inquérito, além do presidente Oswaldo Nico Gonçalves contará com os ex-árbitros Sidrack Marinho dos Santos, Teodoro Manoel Fernandes de Castro e o presidente - ou um representante - da Associação Nacional de Árbitros de Futebol, José de Assis Aragão. A Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo também foi convidada para indicar um representante mas o presidente Paulo César Correa disse que só decidirá na segunda-feira. Segundo Oswaldo Nico Gonçalves, a Comissão de Inquérito pretende ir além das denúncias envolvendo os árbitros. Nico está seguro de que Edilson Carvalho e Paulo José Danelon aceitarão depor na Comissão de Inquérito do STJ.

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