França mantém Raymond Domenech como técnico da seleção

Técnico que tinha seu trabalho questionado passou a ser aprovado após o vice-campeonato mundial obtido na Alemanha e decidiu seguir no cargo

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Por Agencia Estado
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Raymond Domenech vai continuar a ser o técnico da seleção francesa. Sua permanência no cargo, que estava condicionada a um bom desempenho na Copa do Mundo, foi confirmada nesta terça-feira em uma reunião do conselho diretor da Federação Francesa de Futebol (FFF). A duração do novo contrato e os salários, no entanto, só serão conhecidos em agosto. Domenech assumiu o cargo em 2004, logo após a eliminação nas quartas-de-final da Eurocopa - treinada por Jacques Santini, a França caiu por 1 a 0 diante da Grécia, que seria a campeã do torneio. O técnico teve seu trabalho bastante questionado durante as Eliminatórias para a Copa, nas quais o time só arrancou depois da volta de Zidane, Makelele e Thuram, no ano passado. Conhecido por sua fama de supersticioso, Domenech calou os críticos ao levar a França até a final da Copa. Nem mesmo a derrota para a Itália, na decisão, acabou abalando a figura do técnico. "Foi uma bela campanha", afirmou o presidente da FFF, Jean-Pierre Escalettes, após a derrota por 5 a 3 nos pênaltis, depois do empate por 1 a 1 nos 120 minutos de bola em jogo. A primeira partida de Domenech no novo contrato será no dia 16 de agosto, num amistoso contra a Bósnia-Herzegovina, em Sarajevo. No dia 2 de setembro, a equipe estréia nas Eliminatórias da Eurocopa contra a Geórgia, e quatro dias depois terá a revanche da decisão da Copa, contra a Itália, em Saint-Denis, no Stade de France - onde, há oito anos, conquistou seu único Mundial. Zidane perdoado Os franceses deram sua aprovação à atuação da seleção francesa da Copa da Alemanha em enquete realizada pelo jornal Le Parisien, que ouviu 802 pessoas. Segundo o jornal, 61% dos entrevistados se disseram "satisfeitos" com a atuação da França no Mundial, contra 28% de "decepcionados". A intempestiva cabeçada de Zidane em Materazzi, no segundo tempo da prorrogação, foi perdoada também por 61% dos ouvidos; 27% condenam a atitude do camisa 10, que se despediu do futebol após a partida em Berlim. E 52% dizem compreender a resposta violenta do craque, contra 32% que não entender por que Zidane agrediu o italiano.

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