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Franceses têm chance de entrar para galeria dos supercampeões europeus

Depois de dez anos de frustrações e vexames, que incluíram uma greve de jogadores em plena Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, a seleção da França volta na Euro 2016 ao rol das grandes do futebol mundial com a chance de entrar para a história. Caso vença Portugal neste domingo, no Stade de France, a equipe de Didier Deschamps alcançará o tricampeonato da Europa, igualando-se em número de títulos aos dois maiores vencedores do torneio de nações: Alemanha e Espanha.

Por Andrei Netto
Atualização:

A competição também afirma uma nova geração de jogadores, a primeira a dar certo com a camisa azul desde que ídolos como Zinedine Zidane, Thierry Henry e Didier Deschamps deixaram os gramados. Dez anos depois de chegar à final da Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, e perder nos pênaltis para a Itália, a França encerra um longo jejum de frustrações. E mais uma vez o reencontro entre a torcida e a equipe se dá em casa, onde os Bleus se mostram difíceis de serem batidos – uma lição que a Seleção Brasileira aprendeu no 3 a 0 de 1998.

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Sem um ídolo indiscutível, da envergadura de Platini ou Zidane, a equipe de Deschamps deixou de lado nomes experientes, como Ribéry e Benzema, e apostou tudo na renovação. Atletas como Pogba, Payet e Giroud se afirmaram na equipe, mas nenhum fez uma competição tão consistente quanto Antoine Griezmann, atacante do Atlético de Madrid. Depois de superar dois traumas em seis meses – sua irmã sobreviveu ao atentado de 13 de novembro de 2015 na casa de shows Bataclan, e seu clube perdeu uma final de Champions League depois que ele próprio desperdiçou um pênalti – o jovem de 25 anos, admirador do futebol sul-americano, ganhou status de ídolo na França e já é tido como um dos candidatos à Bola de Ouro de 2016.

Renovada, a equipe de Deschamps tem agora como desafio confirmar o favoritismo. Para Joachim Löw, técnico da Alemanha, eliminada na quinta-feira, não restam muitas dúvidas de qual é a melhor equipe na final da Euro 2016. "Creio que a França vencerá Portugal, que não mostrou grande coisa até aqui", disse Löw, sem esconder uma pitada de amargura – e de arrogância. "Ainda que nós tenhamos sido melhores."

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