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Fred estará bem até a Copa, diz ex-preparador físico da seleção brasileira

Antônio Mello, pentacampeão brasileiro, trabalhou com o atacante do Fluminense no ano passado

Por Diego Salgado
Atualização:

SÃO PAULO - Se depender da avaliação de um dos mais experientes preparadores físicos do País, o atacante Fred estará totalmente recuperado e em plenas condições físicas até a No futebol desde 1975, quando iniciou a carreira no Campo Grande, no Rio, Mello também está ligado à história de Neymar. No segundo semestre de 2009, quando esteve no Santos, comandou o fortalecimento muscular do craque. À época, o time santista, campeão da Libertadores dois anos depois, também contava com Paulo Henrique Ganso e André. "O Neymar é o que a gente chama de 'puro sangue'. É perfeito, atrela velocidade, força e resistência. Por isso dificilmente sai de campo machucado", afirmou. Em quase 30 anos de carreira, Mello aponta outros atletas com condição física parecida com a do atual jogador do Barcelona. Para ele, Vampeta, Rincón, Cafu, Roberto Carlos, Dunga, Ronaldo, Rivaldo e Jorginho também eram privilegiados.PIONEIRISMOPentacampeão brasileiro por Corinthians (1998 e 1999), Vasco (2000), Cruzeiro (2003) e Santos (2004), Mello foi pioneiro em alguns métodos usados na preparação física. O trabalho com bola, por exemplo, é um deles. "Cheguei no Campo Grande com 20 bolas para treinar", lembra. O preparador também introduziu as caixas de areia nos clubes, além de criar um planejamento específico para as partidas na altitude.Mello, que passou também por Grêmio, Palmeiras, Bahia e Atlético-MG, esteve ao lado de Luxemburgo no Real Madrid, em 2005. Lá, teve mais tranquilidade para preparar a equipe fisicamente, pois o calendário europeu prevê no máximo 55 partidas por temporada. De acordo com ele, a quantidade de jogos disputados por uma equipe brasileira afeta o rendimento dos jogadores. "Não há como fazer uma boa pré-temporada. O trabalho é feito no decorrer do ano", disse.

 

COPAAlvo de críticas, a cidade de Manaus receberá quatro jogos da Copa do Mundo. De acordo com Mello, será mesmo desgastante jogar na Arena Amazônia. O fato está ligado ao clima quente e úmido. Com isso, há maior desidratação e uma reposição de líquidos mais lenta. Além disso, a longa viagem poderá influir no rendimento dos jogadores. "Pode ocorrer também em Cuiabá e Brasília, pois são cidades bem secas", afirmou.

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