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Funcionários da CBF estão revoltados

Por Agencia Estado
Atualização:

A relação da diretoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com os funcionários da entidade nunca esteve tão estremecida. Tudo por causa das últimas medidas internas adotadas pela direção da casa, algumas a partir de sugestão da MPCN, empresa contratada pela CBF por R$ 70 mil, em novembro de 2002, para a realização de uma auditoria e um ajuste contábil da confederação. A insatisfação só não atinge os de salários mais altos, como o pessoal da comissão técnica e os próprios dirigentes, como o secretário-geral Marco Antonio Teixeira, cujo salário é superior a R$ 40 mil. Duas circulares datadas de 12 de setembro foram distribuídas aos mais de 130 funcionários da CBF e determinavam, entre outras coisas, a proibição de consultas ou exames médicos durante o horário de expediente, excetuando-se os casos de emergência. Ficou estabelecido ainda que o funcionário que esquecer o crachá mais de duas vezes por mês não poderá subir ao prédio da CBF, sendo punido com desconto na folha de pagamento. Além disso, os atrasos também não serão mais admitidos. ?Estão tratando o pessoal mais humilde com absoluta falta de respeito. A arrogância prevalece na direção da CBF", protestou um funcionário, com a cópia das circulares em seu poder. ?Esses documentos têm um tom ameaçador." Outra medida polêmica que provocou insatisfação foi tomada pela CBF há duas semanas e diz respeito ao vale-transporte dos funcionários. Todos tiveram de preencher formulários, especificando o meio utilizado para chegar ao trabalho. Alguns perderam o direito de receber o vale por fazer uso de serviços de transporte seletivos ou especiais. ?Nossa reivindicação é de ter um ônibus que pudesse nos levar para o centro da cidade ou algum lugar com mais alternativas de deslocamento", reclamou outro funcionário, cujo gasto mensal com ônibus e vans é de cerca de R$ 300. A sede da entidade está localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, num lugar de difícil acesso. ?A diretoria da CBF não tem interesse em fazer nada por nós. À saída do prédio existe insegurança e medo. Quem tem de andar mais para pegar ônibus, corre o risco de assalto, como ocorreu recentemente com uma colega", disse. A Agência Estado tentou contato com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por meio do assessor do dirigente, Alexandre da Silveira, mas não obteve resposta.

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