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Futebol é blindado para crise do São Paulo não atinja o time

Ataíde Gil Guerreiro e Muricy Ramalho tentam minimizar que tiroteio entre Aidar e Juvenal respingue no departamento

Por Fernando Faro
Atualização:

Com a troca de tiros entre Carlos Miguel Aidar e Juvenal Juvêncio colocando os bastidores do São Paulo em ebulição, os responsáveis pelo futebol tentam evitar que a crise interna contamine o departamento às vésperas da partida contra o Cruzeiro, que pode selar o destino do clube no Brasileiro. Existe o temor que o presidente promova uma caça às bruxas para enfraquecer o antigo aliado e demita profissionais que acredite ser ligados a ele. Nesse cenário, dentro do futebol, estão Milton Cruz, auxiliar de Muricy Ramalho, e Gustavo Vieira de Oliveira, gerente executivo de futebol, considerado um dos maiores acertos de Juvenal antes de sua saída, em abril.

Ataíde tem conseguido evitar vazamentos de negociações Foto: José Patrício/Estadão

Milton só não foi demitido de imediato porque Aidar não queria se indispor com Muricy, mas o auxiliar está longe de ter prestígio com o presidente, que recebeu informações de que ele vazava informações de dentro do CT para a imprensa. Já Gustavo, sobrinho de Raí, caiu nas graças do vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, e até mesmo a oposição admite que ele faz um bom trabalho. Um corte sem justificativas plausíveis fatalmente começaria a fazer ruir o projeto de reconstrução do departamento. Ataíde, por sinal, é um dos responsáveis por blindar futebol e tem evitado o contato com a imprensa para não incendiar ainda mais o já turbulento momento. Muricy, por sua vez, resguarda os jogadores e garante que nada interfere no time. “Se tivesse outro perfil talvez chegasse, mas sabemos que o comando é centralizado aqui e os jogadores respeitam. É um relógio, que anda certinho, coisa que não acontecia antigamente. Nada interfere, é uma coisa política e não nos envolvemos", explicou o treinador. Ao menos por enquanto, a expectativa é que os quadros não mudem no futebol, mas a sensação de insegurança é enorme; até funcionários que não estão na linha de frente temem ser alvo de represálias. A diretora de comunicação, uma das duas pessoas demitidas por Aidar para “enxugar gastos”, era extremamente ligada a Juvenal. Outros temem que a política acabe selando seu destino no clube.

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