Reunidos na Cidade do México, na véspera do Congresso da Fifa, os principais dirigentes da entidade decidiram que o novo processo de escolha da sede da Copa contará com quatro fases. A nova etapa será a primeira, a ser realizada entre maio deste ano e maio de 2017.
Chamada de fase de consulta e estratégia, a etapa contará com uma análise profunda dos países candidatos a receber a Copa de 2026. Segundo a Fifa, um dos focos desta fase será a avaliação dos requisitos de direitos humanos, de gestão sustentável e proteção ao meio ambiente.
A inclusão destes critérios no processo de escolha das sedes é uma clara resposta às críticas que a Fifa vem recebendo em razão da opção pelo Catar para sediar a Copa de 2022. O país é alvo de seguidas denúncias de trabalho irregular e abusivo quanto à atuação dos operários que constroem estádios e obras de infraestrutura. A etapa também responde às críticas ambientais que o Brasil recebeu por erguer obras de infraestrutura em locais inadequados.
Nesta mesma etapa, a Fifa pretende excluir candidatos que não apresentem os requisitos técnicos para sediar o grande evento. E vai avaliar também possíveis candidaturas conjuntas, como aquela que deu origem à Copa de 2002, na Coreia do Sul e no Japão.
Ainda nesta fase, o Conselho da Fifa indicou que poderá aceitar propostas para ampliar o tamanho da Copa do Mundo. Ao afirmar que vai avaliar o "número de times", a entidade mostra que considera a possibilidade de contar com um Mundial com mais de 32 seleções. Se isso acontecer, será a confirmação do projeto do suíço Gianni Infantino, que prometeu fazer uma Copa com até 40 equipes em sua campanha para virar presidente.
As três demais fases de avaliação serão realizadas entre junho/2017 e dezembro/2018, janeiro/2019 e fevereiro/2020, e maio de 2020. Com este cronograma, todo o processo de escolha da sede levará quatro anos. Antes, o procedimento levava apenas dois anos.