Futuro de Gil no Corinthians é incerto

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Por Agencia Estado
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O futuro de Gil no Corinthians é um ponto de interrogação. O atacante, que sempre esteve entre as principais estrelas da equipe entre 2000 e 2004, perdeu espaço com a chegada dos galácticos da MSI. A situação ficou ainda pior depois que técnico Passarella foi contratado. Em dois jogos sob o comando do novo chefe, Gil se transformou num reserva de luxo. Domingo, contra o Santo André, nem saiu do banco de reservas. Pior: com o sucesso da nova dupla de atacantes, agora formada por Tevez e Bobô, Gil deve continuar na reserva. O próprio Passarella deixou claro, no domingo, que o estilo dos atacantes se encaixam. "A dupla de ataque foi bem. O Tevez e o Bobô têm estilos que se completam", sintetizou o treinador argentino. A reserva coincide com seu pior momento no Corinthians. Este ano Gil fez só um gol em 11 jogos. Além disso, seu contrato termina em 31 de dezembro. Isso significa que em 31 de maio ele poderá assinar um pré-contrato com qualquer clube do exterior e ir embora sem dar nenhum retorno ao Corinthians. Por tudo isso, a diretoria corintiana, em conjunto com a MSI, está tão interessada em colocá-lo como ?moeda de troca? na futura contratação de Vágner Love, do CSKA. O grande problema é convencer o próprio Gil, e seu empresário Gilmar Rinaldi, de que a Rússia pode ser um grande negócio para o atleta. "Para a Rússia ele não vai", assegura Rinaldi. "Já recusamos propostas da Arábia, da Rússia e da Croácia. E até uma do Espanyol". Preocupado com o lado emocional do atleta, Gilmar falou duas vezes com ele, no domingo e nesta segunda-feira. E ficou convencido de que Gil está bem. "Agora não há muito o que fazer. Ele tem contrato com o Corinthians até 31 de dezembro e tem de trabalhar duro para ganhar a confiança do técnico", conforma-se o empresário. Ao mesmo tempo, Gilmar não descarta a hipótese de uma renovação. Ele já manteve dois contatos com o Corinthians. No primeiro, a conversa foi com Kia Joorabchian e Paulo Angioni. No segundo, somente com Angioni. Não houve propriamente uma proposta do clube, só uma contato preliminar. Gilmar, no entanto, garante que não vai usar como parâmetro nas negociações o que ganham Tevez, Roger, Carlos Alberto e cia. "O Gil tem que pensar nele. Os outros não podem servir como base para a gente". Se não houver acerto, o futuro do atacante deve mesmo ser o exterior. Gilmar não vê muita chance de uma transferência para um clube brasileiro, ainda que seja o Santos ou o São Paulo. "Se ele sair do Corinthians dificilmente será para jogar aqui. Não vejo como um clube brasileiro possa arcar com uma transferência desse porte". Seguindo à risca os conselhos de seu procurador, Gil vai tentar dar a volta por cima no Parque São Jorge, pelo menos até maio, quando ficará livre para assinar um pré-contrato com um clube do exterior. No discurso oficial, porém, o jogador só fala em permanecer no Corinthians. "Meu pensamento está aqui. No que depender de mim, quero permanecer no Corinthians". Mas, no sábado, véspera do jogo contra o Santo André, o discurso era outro. Ainda abalado com a notícia de que ficaria na reserva, o próprio Gil admitiu. "Talvez isso seja um indicativo de que pode ser o início do meu fim no Corinthians".

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