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Gabigol se une à campanha contra a homofobia no futebol e vai usar camisa 24

Times no Brasil começam a deixar de lado preconceito com número, que tem associação ao veado no jogo do bicho

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Por Redação
Atualização:
Gabigol, atacante do Flamengo Foto: Alex Silva/Estadão

O atacante Gabigol, do Flamengo, se uniu à campanha contra a homofobia, ao anunciar nesta semana que jogará com o número 24 (referência a uma associação homofóbica ao número no jogo do bicho) nas costas durante uma partida do Campeonato Carioca. Normalmente, o atacante veste a camisa 9. 

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A informação preliminar era que o artilheiro rubro-negro iria entrar em campo com este uniforme na segunda-feira, dia 3, contra o Resende, pela 5ª rodada do torneio Estadual. Uma hora antes do início do jogo, no entanto, a assessoria de imprensa do Flamengo informou que Gabigol jogará com número 24 no sábado contra o Madureira, em confronto também válido pelo Campeonato Carioca. Gabigol "fez uma consulta sobre isso e o Flamengo concordou", acrescentou a assessoria do time.

O jogador também vai homenagear o astro do basquete americano Kobe Bryant, morto há uma semana em acidente de helicóptero. Kobe, nos Lakers, usava a mesma numeração. Através do Twitter, Gabigol postou domingo o número 24, seguido das hashtags "#numeroderespeito" e "#KobeForever".

A questão da relação do 24 com a homofobia ganhou mais destaque no esporte em janeiro deste ano, quando o diretor de futebol do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, chegou dizer "24, aqui não", durante a apresentação do volante Cantillo. O número sempre foi usado pelo colombiano em sua passagem pelo Junior Barranquilla.

Pouco depois, o Bahia lançou a campanha "Número do Respeito". "Número proibido? #NúmeroDoRespeito", tuitou a diretoria da equipe em 28 de janeiro, com os emojis de uma bola de basquete e da bandeira com as cores do arco-íris do movimento LGBT+. Em seguida, os jogadores Flávio (Bahia), Nenê (Fluminense) e Tailson (Santos) passaram a usar o número. O próprio Cantillo, depois, foi autorizado pelo Corinthians a usar a camisa 24.

É muito comum que os clubes deixem o número em branco em seus elencos por conta do preconceito, fato que o veterano Nenê diz não caber mais no futbeol.

"É uma representatividade enorme. Fico feliz de poder ser a cara dessa campanha, e também para homenagear um cara que foi ídolo não só no esporte, mas um símbolo de genialidade e superação que foi o Kobe. Sobre essa campanha (contra a homofobia), temos que dar os parabéns não só ao Bahia mas aos outros clubes que estão aderindo. Espero que isso possa ser um exemplo para os outros clubes."/Com informações da AFP

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Nenê vai usar a camisa 24 na Sul-Americana Foto: Lucas Merçon/Fluminense
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