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Gallo não se abala com ameaça no Santos

Por Agencia Estado
Atualização:

Até mesmo um técnico com anos de experiência estaria inseguro, desanimado ou irritado se estivesse no lugar de Alexandre Gallo, diante das pressões que vem sofrendo da torcida e das insistentes notícias de que está para cair. Mas ele não se abala. Aos 39 anos, e mesmo estando no início da carreira - antes do Santos, treinou o Vila Nova-MG e a Portuguesa e foi auxiliar de Vanderlei Luxemburgo em 2004 -, Gallo não se altera quando alguém pergunta se sente-se ameaçado. "Se existe esse risco quem pode responder é a direção. Nas reuniões tenho recebido apoio", afirma. "Gosto do trabalho que estou fazendo no Santos, mas não me apego a emprego. Escolhi essa profissão, mesmo sabendo os riscos que ela oferece e, por isso, não perco a tranqüilidade". Ele se mantém indiferente diante dos fortes comentários de que "alguém da diretoria do Santos" já conversou com Estevam Soares, preparando o terreno para que assuma o time nos próximos dias e diz ser bobagem falar em ética no futebol. Nos tempos de jogador, sempre teve ascendência sobre os companheiros. Cabralzinho, técnico do Santos vice-campeão brasileiro de 1995, contou recentemente que era Gallo quem ?acordava? Giovanni em campo, a grande estrela daquela equipe. Agora como técnico, ele procura sempre preservar os jogadores. Não se queixa dos antecessores e nem dos problemas que enfrenta. ?Há situações que machucam, como aquela derrota para o Vasco. Fomos mal demais. De resto, não tenho do que me queixar dos jogadores porque jogamos bem diante do Cruzeiro, em Minas, e não merecíamos perder da Ponte Preta". A esperança de Gallo é de que neste domingo contra o Corinthians, um time ofensivo que joga e dá espaço para o adversário, a sua equipe tenha melhor sorte. "Se a equipe jogar como diante da Ponte Preta, teremos chances de vencer e já estarei satisfeito". O que Gallo mais tem feito nos últimos dias é se defender das acusações de que pediu a contratação de jogadores sem condições para serem titulares do Santos. "O que muita gente não entende é que um elenco é composto de jogadores de alto nível, de bons reservas e de alguns outros para compor o grupo".

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