Publicidade

Gascoigne conta suas loucuras com drogas e álcool

Ex-jogador inglês relata seu drama após abandonar o futebol

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O ex-jogador inglês Paul Gascoigne, de 44 anos, declarou em entrevista a um programa de tevê da Inglaterra que não bebe nem usa drogas há um ano. E contou algumas passagens dos anos em que esteve afundado no vício.Gazza, que foi um dos destaques da Copa de 1990, disse que 2004 foi o pior ano de sua vida por causa do álcool e das drogas. “Passei quatro meses sem botar uma gota de água na boca. Bebia quatro garrafas de uísque por dia e cheirava cocaína.” No mesmo ano, ele passou seis semanas trancado num quarto de hotel para consumir drogas. “Houve um dia em que cheirei 16 carreiras de cocaína.” No auge da loucura ele telefonava para parentes e amigos e falava coisas fora da realidade. Ele lembrou com bom humor que uma vez ligou para seu pai e lhe disse o seguinte: “Arrume logo as malas porque vamos para os Estados Unidos. Bill Clinton (ex-presidente norte-americano) me ligou e disse que quer se encontrar conosco.” Ele contou que mergulhou no álcool e nas drogas por não saber o que fazer da vida depois que parou de jogar. Acordava todo dia sem motivação, sem nada para ocupá-lo até a hora de dormir, e por isso desandou a beber e a consumir cocaína.Gascoigne foi internado várias vezes em clínicas de reabilitação, mas foi só na última, na cidade de Bournemouth, que conseguiu sair do inferno. “Ali eu aprendi que posso me divertir muito mais estando sóbrio do que bêbado, e também que se continuasse a viver como vivia em pouco tempo estaria dentro de um caixão. Se bem que quando morrer quero ser cremado”, brincou.Hoje ele diz que não se levanta mais pensando que o dia vai ser monótono. Faz exercícios físicos, joga futsal e... procura uma namorada. “Perdi minha esposa por causa das besteiras que fiz. Agora quero encontrar uma mulher e me casar de novo. Sou uma boa pessoa, tenho bom coração e até que sou bonito.”

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.