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Geninho e Citadini não vêem protesto da Fiel

Por Agencia Estado
Atualização:

A ausência do vice-presidente de Futebol Antonio Roque Citadini na chegada do Corinthians a São Paulo, nesta segunda-feira no final da tarde, esvaziou o protesto planejado pela Gaviões no aeroporto de Cumbica. O cartola deu um baile na torcida ao voltar de Caxias via Porto Alegre, desembarcando em Congonhas. O demissionário Geninho, que se demitiu após a humilhante goleada imposta pelo Juventude no domingo, por 6 a 1, também não voltou com a delegação. Sem o vice-presidente de Futebol, os 10 torcedores da Gaviões concentraram a sua ira no gerente de Futebol Edvar Simões e em dois jogadores: o volante Fabrício, chamado de cachaceiro, e o atacante Jamelli, chamado de ?bambi? por sua ligação histórica com o São Paulo. O grupo de torcedores se instalou no saguão do aeroporto por volta das 16h15, uma hora antes do pouso. Trazia três faixas já exibidas nos estádios. Uma chamando Citadini de funcionário fantasma; outra acusando o Conselho Deliberativo de ´vendido´; e uma terceira condenando o presidente Alberto Dualib por ter permitido o desmanche do time em meio à disputa do Campeonato Brasileiro. Como já havia feito com Geninho, a Gaviões também anunciou que passará a fazer uma campanha contra o presidente Alberto Dualib. A organizada acredita que pressionando o presidente conseguirá derrubar o seu vice-de Futebol, Antonio Roque Citadini. "Se for preciso, vamos montar um acompamento em frente a casa do Dualib", insistiu o ex-presidente da organizada, Douglas Deúngaro, o Metaleiro. De sua parte, porém, Citadini não fugiu da imprensa. Os jornalistas que acompanharam o Corinthians em Caxias conversaram pela manhã com ele, sem qualquer tipo de problema. Citadini só resolveu não voltar no mesmo vôo (fretado) que a delegação porque precisava chegar a São Paulo mais cedo, onde teria uma reunião com o presidente Alberto Dualib à noite, quando seriam discutidos meia dúzia de nomes para o lugar de Geninho. Alguns jogadores até defenderam o dirigente. O meia André Luiz, que não enfrentou o Juventude porque voltou a sentir dores na coxa esquerda, afirmou que Citadini ´enfrentou a porrada´ (sic) junto com o time. "Ele ficou o tempo todo com a gente. Só veio antes porque precisava estar aqui para começar a resolver a questão do futuro técnico". Depois de defender Citadini, André surpreendeu ao dizer que o Corinthians precisa de um técnico no estilo de Vanderlei Luxemburgo, demitido por Citadini em 2001 e até hoje um de seus maiores desafetos. "O Corinthians precisa de alguém vibrante, que entenda o Corinthians. Alguém que tenha pulso firme como o Vanderlei Luxemburgo. Quando ele chegou ao Parque São Jorge, em 2001, a situação também era ridícula. A equipe peitou tudo e foi campeã paulista, superando uma série de 10 jogos sem vitórias". Na mesma hora, alguém quis saber se Geninho não tinha o mesmo ´pulso firme´. André Luiz não soube explicar. "Não sei. Mas o elenco tem um time de estrelas, às vezes os próprios jogadores conseguem sair dos problemas por si só. Mas numa situação como essa, com uma base só de garotos, um técnico com pulso firme é fundamental". Além de André Luiz, Gil também fez um alerta em relação ao futuro. "A situação é ruim e se a gente não abrir o olho vai ficar pior". Em seguida, porém, o atacante disse que aposta na recuperação da equipe. "Vamos ter que sair dessa de um jeito ou de outro". Do aeroporto, a maioria dos jogadores seguiu para casa. Quem foi até o Parque São Jorge saiu depressa do clube. Os jogadores pareciam com medo de reencontrar com os torcedores da Gaviões. O treino desta terça-feira, seguindo a programação, está marcado para às 9h30, no Parque São Jorge. O auxiliar-técnico deve comandar a equipe até a chegada do sucessor de Geninho.

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