PUBLICIDADE

Ghiggia morreu assistindo reprise do Inter na Libertadores

Filho do ex-jogador relata os últimos momentos ao lado pai

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O ex-jogador uruguaio Alcides Ghiggia, carrasco do Brasil e último sobrevivente do Maracanazo, morreu enquanto assistia uma reprise da vitória do Internacional sobre o Tigres por 2 a 1 pelas semifinais da Copa Libertadores, de quarta-feira, explicou nesta sexta o filho do jogador, Arcadio Ghiggia.

"Estávamos vendo a repetição da Libertadores, do jogo do Inter contra o Tigres, e ele teve vontade de vomitar (...) Depois, reclamou de um pouco de dor nas costas e o inclinamos. Quando voltamos a cama para trás, ele teve o ataque cardíaco", disse o filho do ex-jogador à emissora Canal 12.

Ghiggia era o último jogador vivo a ter disputado a decisão de 1950 Foto: Reuters

PUBLICIDADE

"Tentamos salvá-lo com a ajuda dos funcionários do CTI, mas não conseguimos", acrescentou Arcardio, explicando que o pai estava internado no hospital exatamente por causa das dores nas costas. Ghiggia era o último sobrevivente da equipe uruguaia que venceu a Copa do Mundo de 1950 sobre o Brasil. Na decisão, o atacante colocou seu nome na história ao marcar o gol do bicampeonato da Celeste aos 34 minutos do segundo tempo, calando o Maracanã.

A vitória histórica completou nesta quinta-feira 65 anos, por isso Ghiggia estava assistindo a uma partida do esporte que o transformou em mito. "Ele sempre lutou pela vida. Como lutou no campo de jogo, lutou depois fora dele por sua saúde, sua vida, seus filhos. E o destino quis que justo nesta quinta, num dia 16 de julho, ele nos deixasse. Ele nos deixa entrando nos vestiários para jogar sua partida. Seus companheiros o estão esperando", disse Arcadio. Ghiggia era o único jogador vivo daquela final de 1950.

O governo do Uruguai declarou luto oficial e decretou honras fúnebres pela morte de Ghiggia, aos 88 anos. Ele deve ser velado nesta sexta no parlamento do país, se sua família autorizar as honrarias.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.