Givanildo é o destaque do Paysandu

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil inteiro pode estar surpreso com a classificação do Paysandu em primeiro lugar no Grupo A da Copa dos Campeões, menos o técnico do time, Givanildo Oliveira. O fato é que pouca gente apostava no time paraense, recém-promovido para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, contra adversários de tradição como o Corinthians e o Fluminense. "Não foi surpresa pelo trabalho que estamos fazendo há dois anos e meio", afirmou o treinador do Papão, time cuja próxima meta é "assombrar" o próximo adversário, o Bahia, em jogo domingo, em Belém. Não é preciso muita observação para perceber que a liderança de Givanildo é um dos ingredientes principais do sucesso do time. Apesar da origem nordestina marcante, os métodos de trabalho do técnico tem alguma semelhança com os do técnico da seleção brasileira Luiz Felipe Scolari. "Ele é disciplinador, quer sempre as coisas certas, mas também é ´paizão´ em alguns momentos. Não vou esquecer, por exemplo, que ele me colocou como titular do time na final do campeonato paraense", lembra o goleiro Marcão. O meia Jóbson, é outro que ressalta o contraste da disciplina com um certo sentimento familiar com seus comandados. "Ele é durão, mas também é amigo dos jogadores e luta por eles." Outro atleta, que não quis se identificar, confidenciou que Givanildo já chegou a doar sua própria premiação por vitórias para ajudar os jogadores que estavam passando por dificuldades financeiras. O prestígio parece não ser recente, já que o técnico do Fluminense, Robertinho, fez questão de acompanhar o jogo do Paysandu e cumprimentar o ex-companheiro de Tricolor. "Jogamos juntos em 80, eu estava começando a carreira no Fluminense e ele era um dos jogadores mais experientes da equipe", lembrou o técnico do time carioca, que ficou em segundo lugar na chave. Apesar dos muitos elogios, Givanildo prefere atribuir a classificação para a próxima fase da Copa dos Campeões, ao fato de ter tido a oportunidade de manter um trabalho com um mesmo grupo por dois anos e meio e ter contado com o apoio da diretoria do Paysandu. O técnico diz que acreditava no seu time antes do início da Copa dos Campeões, especialmente porque seus atletas jogariam em casa, com o apoio de uma torcida que tem rendido as melhores médias de público das quatro sedes da competição. "Após as primeiras rodadas (o time empatou contra Fluminense e Corinthians), tive certeza. Esta é a coisa bonita do futebol: mostrar que o time que fez uma boa preparação, mesmo que em uma situação de teórica inferioridade, pode fazer uma excelente campanha." Para o jogo contra o Bahia, o técnico está otimista. "Mas vai ser uma partida difícil", garante, lembrando que o adversário fez boa campanha no Grupo D.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.