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Goleada deixa Alemanha aliviada e confiante para a Copa

Técnico comemora dia de "diversão" contra os EUA, mas imprensa alerta para problemas no meio-de-campo e cobra definição quanto ao goleiro titular.

Por Agencia Estado
Atualização:

Após a goleada de 4 a 1 sobre os Estados Unidos, considerada pela imprensa como a "vitória da libertação", a Alemanha entrou de vez no clima para a Copa do Mundo e voltou a acreditar em suas possibilidades de título. Mesmo assim, alguns jornais ainda estampavam nesta quinta-feira uma certa desconfiança na equipe de Jürgen Klinsmann. Outros ressaltavam a qualidade de Klose no ataque da seleção e alertavam para o mais grave problema do treinador: a escolha do goleiro titular. Oliver Kahn jogou muito bem contra os EUA, defendendo pelo menos duas bolas vitais. Ainda no estádio, na coletiva após o jogo, o goleiro do Bayern de Munique recebia elogios de Klinsmann. "Começamos a partida muito bem, mas perdemos o ritmo. O gol logo no início do segundo tempo foi muito importante. E Oliver Kahn defendeu demais", reconhecia o técnico. "A decisão sobre o número 1 no gol alemão não será fácil para nós. A Alemanha tem dois goleiros de classe mundial", analisou Klinsmann, que deve escolher o titular depois do fim da Bundesliga, no dia 13 de maio. O rival pela posição é Jens Lehmann, que joga no Arsenal, da Inglaterra. O próprio Kahn, antes da partida, dizia não entender por que não pode ser o número 1. Depois da goleada, o vice-campeão mundial, eleito o melhor jogador da Copa de 2002, foi mais prudente. "Não foi nada mal, mas resta muito trabalho ainda. No primeiro tempo vimos que depois dos 4 a 1 contra a Itália estávamos inseguros. Precisávamos encontrar o ritmo. No segundo tempo, explodimos." Para o jornal alemão Bild, faltou autoconfiança e classe para superar os EUA no primeiro tempo. E apesar da goleada, o diário alerta para os problemas da seleção no meio-de-campo, com a fraca atuação de Kehl e Schneider, e, principalmente, na defesa. Contra os EUA, o jovem zagueiro Mertsacker, inseguro, deu ainda mais espaço para críticas e pedidos pela volta de Christian Wörns. Segundo o diário, apenas o lateral-esquerdo Lahm e o zagueiro Metzelder atuaram com "espírito de Copa". Metzelder, por sua vez, estava feliz com o jogo e principalmente com o apoio da torcida. "Jogos da seleção aqui em Dortmund são sempre bons para se fazer muitos gols. O público foi fantástico hoje. Saímos do vestiário dizendo que faríamos pressão contra os EUA. E deu tudo certo." Mas o tom preponderante da equipe alemã era de cautela. O artilheiro da partida, Miroslav Klose, alertava para o clima de euforia. "Não podemos sair por aí gritando que está tudo bem. Temos de jogar 90 minutos como no segundo tempo e não apenas um meio tempo." Ainda na coletiva após o jogo, Klinsmann não perdeu a oportunidade para cutucar os críticos. "Nós tivemos nossa diversão hoje. Não é bom quando se ouve críticas de todos os lados. Não é bom, mas a gente aprende com isso", afirmou o técnico, que divulga a lista de jogadores para a Copa do Mundo em 15 de maio e no dia seguinte enfrenta um time amador de Mannheim.

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