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Goleiro Bruno rescinde com o Poços de Caldas após 45 minutos em campo e salários atrasados

Presidente do clube confirma dívida e se esquiva o quanto valeu ao clube a contratação do jogador como marketing

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Por Redação
Atualização:

O goleiro Bruno Fernandes não é mais jogador do Poços de Caldas. O time da terceira divisão mineira anunciou que houve acordo entre as partes para que o contrato do atleta fosse rescindido após ele jogar por 45 minutos apenas, em dois meses de vínculo, e sair com salários atrasados. Bruno ganhou liberdade há pouco tempo. Ele foi condenado a 20 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver da modelo Eliza Samúdio.

O presidente do clube, Paulo César Silva, confirmou a decisão. Ele alegou que o salário do jogador era incompatível com a realidade do Poços de Caldas. Na época, foi anunciado remuneração de R$ 10 mil por mês. O dirigente ainda lamentou o fato de o goleiro não ter conseguido jogar mais vezes pelo time mineiro.

Goleiro Bruno deixa o Poços de Caldas Foto: Douglas Magno/ AFP

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"Em dois meses de contrato, ele jogou 45 minutos apenas. Para o clube bancar um contrato de um jogador para ele não jogar, é difícil. O atleta não estava contente também por ser um clube menor do futebol estadual, então a gente decidiu rescindir o acordo", explicou o presidente, em entrevista ao site Superesportes. "O Poços de Caldas, de Minas Gerais, atrasou o salário de Bruno e ele não estava contente aqui", completou.

Paulo César preferiu não responder se a contratação de Bruno foi uma jogada de marketing do clube. Quando o nome do goleiro foi anunciado, muitos torcedores criticaram o dirigente. "Não teve como fazer avaliação porque o atleta não jogou. A gente não conseguiu nem avaliar isso. Dos cinco ofícios que mandamos (para a Justiça), ela só liberou o jogador no dia da apresentação", contou. 

Condenado pelo crime contra Eliza Samúdio e também por cárcere privado de seu filho, Bruninho, em junho de 2010, Bruno conseguiu no dia 18 de julho a progressão para o regime semiaberto.  A exigência do juiz para lhe dar a autorização de sair do presídio era que ele trabalhasse. 

O Poços de Caldas foi o segundo clube de Bruno nos últimos dois anos. Anteriormente, ele havia defendido o Boa Esporte, na segunda divisão do Campeonato Mineiro, onde disputou cinco partidas, duas vitórias, dois empates e uma derrota. 

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